O repórter mirim e a descoberta do mundo
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Se esse amigo de vocês tivesse mais de uma vida provavelmente uma delas dedicaria à educação. Instigado por relembranças do Movimento de Cultura Popular (na gestão do prefeito Miguel Arraes) e de outras experiências, desde adolescência; e pelos desafios do Brasil dos nossos dias.
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Se esse amigo de vocês tivesse mais de uma vida provavelmente uma delas dedicaria à educação. Instigado por relembranças do Movimento de Cultura Popular (na gestão do prefeito Miguel Arraes) e de outras experiências, desde adolescência; e pelos desafios do Brasil dos nossos dias.
Frequentemente fatos aparentemente
fortuitos me desencadeiam o entusiasmo em relação a essa experiência humana
fascinante que é o processo de aprendizagem.
Não apenas a aprendizagem formal,
em sala de aula por assim dizer, mas sobretudo na vida cotidiana.
Semana passada, em breve
solenidade de entrega, pelo secretário de Educação Alexandre Ribeiro e equipe, de
mais de 80 kits destinados aos clubes de rádio e cinema da rede municipal — por
si mesmo evento de extraordinário significado —, fui abordado pelo garoto Yan
Victor, de aproximadamente 12 anos.
Yan integra com mais dezessete colegas
integra a "imprensa mirim" das escolas Nadir Colaço e Pedro Augusto.
À guisa de entrevista, me fez duas
perguntas emblemáticas: “Qual a importância e do cinema e do rádio em
nossas escolas? Você quando tinha a minha idade participou de atividades
culturais, isso é importante?”
Respondi em linguagem simples,
direta e compreensível, fechando com a frase: "São tão importantes quanto
o ar que a gente respira".
De fato, nem precisa ter profundo
conhecimento dos processos pedagógicos para perceber que atividades extracurriculares
— que se acrescentam à grade obrigatória — têm o dom de estimular a
aprendizagem.
Resultados obtidos em nossa rede
com a introdução da robótica, da fotografia e agora do cinema e do rádio, são
inquestionáveis.
Alunos antes problemáticos em suas
relações com os colegas e com os professores se tornam aplicados, desenvolvem o
raciocínio lógico e a interação entre conceitos e ampliam significativamente o
desempenho no conjunto das disciplinas.
Não é exagero dizer que estamos
formando cidadãos para o futuro, aptos a um mercado de trabalho crescentemente exigente
pelo contínuo aporte de inovação tecnológica.
Mas não só isso. Alunos que
manuseiam as técnicas de rádio, cinema e fotografia, assim como os envolvidos
no projeto “Metareciclagem com arte” (reaproveitamento de peças de instrumentos
eletrônicos na co posição de obras de arte), também na rede municipal, têm sua
sensibilidade estimulada para perceberem as diversas dimensões da vida.
Como bem observa a professora
Manoela Santos, “o aluno se descobre protagonista do conhecimento. O diálogo professor-aluno,
aluno-aluno, aluno-escola e do aluno com o mundo torna-se real e significativo,
numa sociedade onde ainda prevalecem os vultos do silêncio”.
Leia mais sobre temas da atualidade: https://bit.ly/2Jl5xwF e acesse o canal ‘Luciano Siqueira opina’, no YouTube https://bit.ly/2ssRlvd
Nenhum comentário:
Postar um comentário