O soluço da produção industrial brasileira, que
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) oscilou
positivamente 0,3% em abril após registrar grande queda em março, pouco
influenciou no resultado negativo de 2,7% dos quatro primeiros meses do ano.
Esse setor é o barômetro da economia, a base para o impulso no comércio, nos
serviços e no consumo. Sua queda é o retrato mais emblemático da falência do
modelo econômico dito privatista, que sempre pretendeu ser hegemônico desde que
o Brasil aboliu a escravidão e que na sua forma neoliberal ganhou formas
dogmáticas e sectárias. Foi com essa pregação que os golpistas de 2016
mobilizaram a marcha que conduziu Michel Temer e Jair Bolsonaro à Presidência
da República. Agora, com Paulo Guedes no posto de superministro da Economia,
esse modelo tem sido apresentado como única alternativa ao abismo. O linguajar
rude do ministro, que beira à tolice econômica, na verdade traduz um conceito,
o raciocínio de que é preciso a pobreza de muitos para garantir a riqueza de
poucos. Ele abandona a clássica ideia de utilização do capital como combustível
para a produção para transformá-lo em instrumento de mera acumulação financeira.
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