Livros
são essenciais
Rogério Morais*
O isolamento social disciplinado não é apenas a melhor estratégia
sanitária e econômica, mas também social. Quanto mais tempo levarmos para sair
da quarentena, mais atraso escolar e mais geração de pobreza teremos, por
exemplo. No entanto, é preciso adequar as estratégias educacionais deste
momento aos contextos desiguais das famílias e às condições de tempo e espaços,
visando minimizar os impactos.
As orientações mais simples costumam ser as mais efetivas. Interaja,
olhe nos olhos, conte uma história, brinque, desenhe, pinte, dance, coloque uma
música para tocar. Dê espaço para a ludicidade e para a arte. Elas têm o poder
de provocar momentos de aprendizados integrais. Aprendi com Magda Soares:
criança gosta de aprender! É curiosa, adora uma descoberta. O deleite deve ser
a medida para nortear as atividades educacionais durante a quarentena.
Assim, diante deste contexto, a Secretaria Executiva para a Primeira
Infância do Recife intermediou, junto a editoras locais e nacionais, a doação
de 29 mil livros durante esse período, e realizou a entrega para crianças de
comunidades da cidade, através de entidades parceiras do terceiro setor.
A leitura é uma das estratégias educacionais mais simples, efetivas e
seguras durante a quarentena. Além disso, quanto mais cedo o contato com os
livros, melhor. Os primeiros livros de um bebê viram brinquedos, têm texturas,
fazem barulhos, têm imagens grandes que permitem que o cuidador conte várias
histórias. Sozinha ou reforçando os vínculos com seus cuidadores, a criança
solta a imaginação e fortalece a capacidade de atenção e a memória de trabalho;
enriquece o vocabulário e desenvolve a oralidade, a fluência leitora e a
capacidade de interpretação.A competência leitora não provoca avanços somente
no domínio da Língua Portuguesa, mas também ajuda em outros componentes
curriculares como Matemática, História, Geografia e Ciências.
Dê espaço ao livro, insira-o na rotina diária. Os adultos podem começar
para dar o exemplo. Leia jornais, gibis, pequenos textos e histórias. Não há
limites de tempo para o saudável hábito de ler. Já para a exposição às telas,
sim. É importante destacar as recomendações das Sociedades de Pediatria do
mundo todo, quanto à restrição do uso de telas por crianças pequenas. Para
crianças menores de 2 anos evitar a exposição. Com idades entre 2 e 5 anos, uma
hora por dia, no máximo. Desenvolver o gosto pelos livros pode ser um forte
aliado para escapar da tentação.
Continuaremos por este caminho, pois, para nós, o livro também é item
essencial, é o alimento do cérebro; e, com todo o esforço que vem sendo feito
pela sociedade, será de fundamental apoio para superarmos a pandemia e
buscarmos um novo normal.
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