CPI da Covid é adiada e governo prepara compra de apoio com emendas e Ministério
O
objetivo do governo é ganhar tempo para articular a negociação de emendas
parlamentares e até de cargos em Ministérios para obter algum apoio nas
investigações do Senado.
Jornal GGN
Por pressão do presidente Jair Bolsonaro, a abertura da CPI
da Covid foi adiada para a próxima terça-feira (27). O objetivo do governo é
ganhar tempo para articular a negociação de emendas parlamentares e até de
cargos em Ministérios para obter algum apoio nas investigações do Senado.
Na
noite desta terça (19), o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) havia
adiantado a colegas que a instalação da CPI tinha sido atrasada, o que foi
confirmado horas depois.
O governo detém hoje minoria dentro da Comissão Parlamentar que
irá apurar a omissão e irregularidades do governo Bolsonaro no enfrentamento à
pandemia. Por isso, pressionou para obter mais tempo para negociar com
senadores que integram a Comissão.
Entre
as moedas de troca já aventadas pelo presidente, desde a tão almejada liberação
de emendas com espaço no Orçamento deste ano, até a entrega de um Ministério
para um senador, o da Educação.
Assim, os 11 membros titulares devem escolher o presidente e
vice-presidente do colegiado no próximo dia 27. O integrante mais velho da CPI,
senador Otto Alencar (PSD-BA) convocou a primeira reunião que tratará do tema.
A
expectativa é que a presidência da CPI fique à cargo de Omar Aziz (PSD-AM) e a
vice-presidência com Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Por um acordo já fechado
entre a maioria dos senadores da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) será designado
relator.
Calheiros criticou o presidente do Senado por ter atuado para
adiar a primeira reunião da CPI, em uma pressão do próprio governo Bolsonaro.
“O presidente do Senado (Rodrigo Pacheco) continua naquela, querendo levar para
a outra semana. Não é fácil isso”, afirmou.
Veja: Três pontos sobre a CPI da Covid https://bit.ly/2P5l2AZ
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