05 setembro 2022

Conspiração fajuta

Não se esqueçam do zap dos golpistas!

Enio Lins, tribunahoje.com

 

TIC TAC TIC TAC.... O tempo vai passando e outros escândalos do desgoverno Bozonazi, como a fantástica imobiliária do mito, vão se sobrepondo, e surripianços anteriores desaparecem da vista. É o caso do caso do Zap dos empresários golpistas. Como andam as investigações? A bomba do golpe segue armada e o tempo, como cantou Cazuza, não para.

Investigar a fundo o conteúdo do Zap dos Golpistas Tchutchucas é questão essencial, pois elementos bombásticos estão boiando ali, visíveis como pontas de icebergs, escondendo o principal. Uma dessas bombas é suposta presença do impoluto Augusto, aras bolas! Se confirmada a participação do Procurador Geral da República num grupo de ideias políticas radicais e golpistas será evidência de parcialidade e de cumplicidade. Além disso, nesses telefones podem estar indicativos de crimes outros, como o financiamento dos grupos de ódio, quadrilhas especializadas em caluniar, difamar e criar condições para o golpe.

Um golpe é definido como tal quando articulado por segmentos com alguma participação no poder (não necessariamente no governo). Assim, as forças armadas são integrantes permanentes do poder de Estado e se atravessarem o Rubicão, é golpe. O mesmo conceito alcança o empresariado, pois é segmento dominante e armado, pois dinheiro na mão é arsenal. Num resumo: é golpista quem, a partir de posição privilegiada, articula, propagandeia, defende a mudança abrupta das regras do jogo político e o rompimento das normas institucionais. Não adianta dizer que era brincadeirinha, conversa pro gado dormir. Esse papo é verbo que virou carne podre muitas vezes na nossa história.

O STF mexe em vespeiro, pois essa gente investigada é uma minoria poderosa que não suporta cobranças, acha que só tem direitos e a impunidade é o primeiro deles. Esse é um segmento afetado e sob tensão, com os nervos à flor da pele, por conta da evidente derrota eleitoral de seu querido tchutchuca. Arranhados, mesmo que muito de leve, emitem um mimimi tonitruante: juristas amigos gritam, socialites choramingam, influencers chapa-branca se indignam – tudo numa latomia de fazer dó. Choram de barriga cheia, balbuciando “mamãe eu quero mamar, mamar mais, ai que loucuraaa!!”.

Livre é o chorar, mas essas lágrimas não podem interromper as investigações nem intimidar ações judiciais e policiais. Não se esqueçam: Golpe de estado é mal endêmico no Brasil e tem de ser tratado com a dureza que merece.

Veja: Bolsonaro, os militares e a democracia https://bit.ly/3NwQssg

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