Na reta final, dramalhão e
ameaças
Luciano Siqueira, Vermelho www.vermelho.org.br
Embora repita o
contrário em seus histriônicos e raivosos pronunciamentos, o presidente Jair
Bolsonaro e sua trupe de aloprados dão sinais claros de que reconhecem a
iminente derrota.
Porém ainda tentam
alguns últimos recursos, à imagem e semelhança do malfadado ex-presidente
norte-americano Donald Trump: melar o jogo antes que se consuma o resultado no
próximo dia 30.
Isto no pressuposto
equivocado de que ainda seria possível provar a absurda teoria de que o
Tribunal Superior Eleitoral age em favor da oposição.
Acontece que as duas bombas preparadas pelo círculo dominante bolsonarista se
mostraram — como diziam colegas da minha infância — autênticos "peidos de
velha".
A pantomina urdida pelo ex-deputado Roberto Jefferson, destinada a dar um
xeque-mate no TSE, resultou no fiasco que continua repercutindo.
Estourou diretamente no colo do presidente da República, que atabalhoadamente
reagiu com um misto de velada solidariedade e confusa tentativa de se
desvincular do dileto aliado terrorista.
Um fracasso.
Em seguida, antecedida de uma tentativa de gerar na mídia uma espécie de
suspense, vez que anunciada como uma "bomba", a acusação do ministro
das Comunicações de que estaria havendo negligência e parcialidade por parte do
TSE no envio (sic) do material de propaganda do candidato Bolsonaro a emissoras
de rádio. Em consequência, um certo número de inserções não teriam sido
veiculadas.
Estranho que alguém que ocupa cargo de primeiro escalão no governo não tenha
tido o cuidado de verificar que a responsabilidade pelo encaminhamento do
material de propaganda às emissoras de rádio e TV não cabe ao TSE, e sim ao
próprio partido do candidato!.
Outro fracasso vergonhoso.
E agora, faltando quatro dias incompletos para consumação do segundo turno, que
novos lances podemos esperar da campanha bolsonarista?
Nunca se pode subestimar a extrema direita fascistóide, é verdade. Algo de
podre ainda poderá vir à tona no intuito de sabotar o processo eleitoral e
criar ambiente conturbado, que possa encorajar alguma forma de impasse de
natureza golpista.
Sim, não
subestimemos a hipótese.
E o antídoto está justamente na intensificação da campanha do ex-presidente
Lula, combinando as manifestações de rua com o corpo a corpo junto ao
eleitorado ainda indeciso, ou passivo de ser conquistado, com o reforço da
amplitude política e social alcançada.
A frente ampla pela
democracia há de se manifestar das mais diversas formas e com seus múltiplos
matizes, como vem acontecendo.
À militância de base ativa, cumpre agir com otimismo e alegria e o necessário
bom senso para evitar provocações e incidentes que possam conturbar a campanha
nas suas últimas horas.
Leia também: Vitória em ambiente adverso https://bit.ly/3f7ugcY
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