Conflito persistente
Luciano
Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
As relações tensas entre o Executivo e o Legislativo frequentemente se prolongam na esteira da repetição de conflitos.
Tanto acontece em plano federal, como nos estados e municípios.
Só em situações extremas, determinadas por uma correlação de forças
muito adversa para o governo, não se chega a modus vivendi minimamente
satisfatória.
Na esfera federal, atualmente, além do mapa eleitoral parido pelas urnas
no pleito passado majoritariamente conservador, de direita e centro-direita, o
problema se agrava com o sequestro de parcela expressiva do Orçamento pelo
Poder Legislativo.
Em 2014, o valor destinado para os congressistas no orçamento era de
15,8 bilhões de reais (valores atualizados pela inflação). Em 2022, com a
cumplicidade do então presidente Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição, essas
transferências atingiram 50,3 bilhões de reais!
Então, a cada votação importante do interesse do governo, a negociação
com as bancadas majoritárias se faz penosa.
Na esfera estadual, Pernambuco configura um caso emblemático.
O governo e a Assembleia Legislativa vivem às turras, passando a
impressão de que a governadora Raquel Lyra carece, tanto quanto de base
parlamentar suficiente, de habilidade política necessária.
Em tese, em última instância é o povo que se sacrifica na medida em que
a execução orçamentária retarda políticas públicas e outras iniciativas de
governo que possam servir à maioria da população.
[Se
comentar, assine]
Nenhum comentário:
Postar um comentário