Na Ciência Hoje:
Evento internacional discute avanços da pesquisa com nanotubos de carbono
. Com grandes perspectivas de progresso de uma tecnologia ainda pouco explorada, terminou na última sexta-feira, dia 29 de junho, a 8 a Conferência Internacional sobre Ciência e Aplicação de Nanotubos, realizada ao longo de uma semana em Ouro Preto (Minas Gerais). O encontro reuniu 370 pesquisadores – 130 deles brasileiros – para debater avanços e promessas de desenvolvimento científico e tecnológico dos nanotubos de carbono. Destacaram-se as delegações do Japão e da Coréia, países onde o estudo dessas estruturas é referência internacional. Marcaram presença também pesquisadores dos Estados Unidos, Europa e América Latina.
. Minúsculas estruturas cilíndricas de carbono puro, os nanotubos de carbono podem ser obtidos por meio de três processos. Aplicação de laser de alta potência e geração de curto-circuito em uma barra de grafite, e decomposição de hidrocarbonetos (compostos formados unicamente de hidrogênio e carbono) sobre partículas metálicas. Os dois primeiros levam à vaporização do grafite, e o material então se organiza espontaneamente sob a forma de tubos. A obtenção dos nanotubos pelo terceiro processo deve ocorrer na ausência de oxigênio, para que o carbono não se perca na forma de gás carbônico.
. O mais novo produto tecnológico da área, apresentado na conferência de Ouro Preto, é o grafeno, estrutura semelhante ao nanotubo de carbono, mas disposta na forma de uma folha de grafite, como um mar de elétrons. Embora tenha sido criado em 2004, ainda é pouco conhecido. Sua forma bidimensional garante propriedades exclusivas. Segundo o coordenador do evento, o físico Marcos Pimenta, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o grafeno permitirá diversas aplicações no campo da eletrônica em futuro próximo.
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