No Vermelho, por Eduardo Bomfim
Esquerda e diversidade política
Os recentes atos políticos, que trouxeram a público o manifesto do Bloco de Esquerda em todo o país, principalmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e vão se espalhando por todo o território nacional, representam algo de novo e substancial no cenário institucional brasileiro.
O Bloco, demonstra que vários partidos, PCdoB, PDT, PSB, entre outras siglas importantes, possuem uma grande contribuição ao projeto estratégico e tático para o caminho pela emancipação nacional e social do povo brasileiro.
Caracteriza, igualmente, uma alternativa institucional concreta, ampla, sólida e programática, no contexto da luta real contra as forças conservadoras no Brasil. Ensina que no campo do governo federal, existe uma pluralidade salutar aos caminhos para o bom combate social.
O que desmascara a tese, propagada através da grande mídia hegemônica, de que o campo progressista é um pólo dominado por um só partido, o Partido dos Trabalhadores, comandando outras forças auxiliares acomodadas em cargos comissionados ou mesmo em ministérios. Uma espécie de fisiologismo na esquerda nacional.
Perdem tempo os que procuram difundir a existência de uma fragmentação no campo popular, através de uma hipotética divisão entre o Partido dos Trabalhadores e o Bloco de Esquerda. São organizações aliadas dentro de um amplo espectro democrático, popular, com direito a existência própria.
Há uma afirmação, nociva ao espírito da pluralidade de organização e opinião, cantada em verso e prosa pelos segmentos políticos mais atrasados em nosso país, de que as esquerdas seriam antidemocráticas e contra a diversidade partidária. São atingidos pelo próprio veneno que tentam disseminar na sociedade.
Os conservadores é que buscam, através de reformas draconianas, a extinção de partidos, restringir ou mesmo impedir a livre existência das mais diversas correntes ideológicas, programáticas. Eles procuram a melhor maneira de controlar, sem sobressaltos, a aplicação das linhas sociais, econômicas e políticas, prejudiciais às necessidades do progresso brasileiro.
Dizem que o Bloco de Esquerda e o Partido dos Trabalhadores, serão inimigos nas eleições de 2008. Nada mais falso. Estarão unidos contra os adversários comuns, juntos a outros aliados que não integram estes dois agrupamentos. A complexidade, a riqueza, as particularidades da cultura política nacional, nas mais diversas latitudes, não é algo para iniciantes.
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