No Vermelho:
Segundo turno: PCdoB faz alianças por afinidade ou exclusão
Para responder as dúvidas e críticas dos filiados e eleitores do PCdoB sobre as alianças do Partido no segundo turno das eleições municipais, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, explicou que as alianças são feitas por afinidade – no caso dos candidatos do campo da esquerda – ou por exclusão. E exemplificou com os casos do Rio de Janeiro e Belo Horizonte, onde os comunistas apoiam, no segundo turno, os candidatos do PMDB, Eduardo Paes e Leonardo Quintão, respectivamente.
. “Nós tomamos a posição, no segundo turno, levando em conta a exclusão: se esse nós não podemos apoiar, apoiamos o outro”, explica Renato.
. Ele esclarece que inicialmente o Partido se orienta, na formação das alianças, pela sua linha crítica de que deve se compor prioritariamente com os partidos da base do presidente Lula e dentre esses partidos os que o PCdoB tem uma proximidade maior, que são os da esquerda, como PSB, PDT, que compõem o Bloco de Esquerda, que atuam conjuntamente na Câmara dos Deputados, e o PT. Além dos outros, como o PMDB e o PR.
. Renato destacou que essas alianças ocorrem também em função do fato de que raramente o Partido assume posição de neutralidade. “O partido se sente na obrigação de dar orientação para o seu eleitor e aqueles que acompanham o Partido”, afirmou.
União de forças - Ele disse ainda que no apoio, são negociadas questões defendidas no primeiro turno na campanha do PCdoB. “São feitos termos de compromisso em que apresentamos questões programáticas que são encampadas pelos candidatos”, anunciou o dirigente comunista, destacando entre eles o fato de que o PCdoB defende a união de forças políticas para governar uma cidade. Com isso, ele explica a aliança que o PCdoB fez com o PPS em Porto Alegre (RS) para lançar a candidatura de Manuela D´Ávila.
. “Essa aliança feita no primeiro turno é correta porque para governar uma cidade é preciso unir várias forças políticas”, explica Renato, utilizando a mesma justificativa para falar sobre as alianças do segundo turno.
Política no comando - Com a calma que o caracteriza, o líder comunista explica, para aplacar o ânimo dos mais exaltados, de que é natural a disputa que ocorre no primeiro turno, mas que não se pode colocar a política em segundo plano, e se deixar dominar pela emoção ou insatisfação pessoal. “A política tem que estar no comando, porque senão vai se pensar em função de interesses pessoais ou mágoas.”
. “Aliança é compromisso político, não ideológico”, afirmou, afastando a idéia de que o Partido trairia seus princípios ao apoiar um ou outro nome. E insistiu em afirmar que as alianças são feitas por exclusão, para que o Partido não fique em posição neutra.
. “O Partido opta pelo que mais se pode aproximar das nossas idéias. A neutralidade só se adota em casos muito excepcionais, quando os dois candidatos devem ser excluídos”, disse Renato Rabelo, para quem o Partido deve ser responsável para dizer ao seu eleitor qual o caminho que considera correto”, disse, acrescentando que “o Partido também não prega voto nulo e branco.”
Posição clara - Das 29 cidades que estão fazendo segundo turno e são todas cidades importantes, com mais de 200 mil habitantes – Renato citou os quatro casos em que surgiram mais dúvidas para o eleitor. Aonde a aliança do PCdoB não foi para o segundo turno, começando por Porto Alegre, ele define a posição dos comunistas como uma posição clara: “É o nosso campo, é o PT, mesmo tendo tido disputa, porque o Partido tinha um projeto próprio, vamos apoiar o PT.”
. Para justificar o apoio a Eduardo Paes, do PMDB, que disputa a Prefeitura do Rio de Janeiro com Fernando Gabeira, do PV, Renato diz que “nós seguimos a mesma linha. O Gabeira é oposição, não compõe a base do governo Lula e o PSDB sustenta a candidatura dele. É um tucano verde”, ironizou.
. Ele lembrou que o apoio a Paes atende a linha política do Partido. “Isso também foi feito em carta compromisso, em que ele incorpora ao seu programa questões programáticas do PCdoB defendidas no primeiro turno.”
Caso singular - Em Belo Horizonte, onde o opositor do candidato do PMDB, Leonardo Quintão, é Márcio Lacerda, do PSB, ele disse que a situação é singular, porque a aliança que sustenta a candidatura do socialista “é heterodoxa”, unindo o PT e o PSDB. Uma aliança que, segundo ele, serviu apenas aos dois ao governador (Aécio Neves, do PSDB) e ao prefeito (Fernando Pimentel, do PT) e deixou de fora todas as lideranças políticas de expressão da cidade.
. “A nossa candidatura surgiu exatamente como `anti-esse tipo de candidatura´. Uma candidatura imposta, sem personalidade, em que a população percebeu que quem ia ser o verdadeiro prefeito seria o governador e o prefeito”, criticou Renato.
. Em contrapartida, ele apresenta Leonardo Quintão, que recebeu o apoio do PCdoB no segundo turno, como um candidato “que é da base do governo e também contrário a esse tipo de acordo e se identificava mais com a posição nossa.”
Cenário futuro - O Presidente do PCdoB não quis comentar a repercussão da possível derrota de Márcio Lacerda e consequentemente do governador Aécio Neves nas eleições para Presidente da República em 2010. Derrotado em São Paulo, onde estimulou a candidatura de Geraldod Alckmin (PSDB) para se contrapor ao apoio de José Serra ao candidato do DEM, Gilberto Kassab, a derrota de Aécio em Belo Horizonte vai enfraquecê-lo ainda mais e consequentemente fortalecer Serra na disputa pela Presidência em 2010.
. Renato classifica esses elementos como especulações, afastando a discussão sobre 2010. Ao mesmo tempo, lembrou que “em termos de construção de cenários futuros, é bom saber que o PMDB é uma força grande e um aliado importante do governo e que em 2010 quem não tiver apoio do PMDB – um dos partidos que mais cresceu nessa eleição – vai ficar sem viabilidade de ganhar o pleito e poder governar”, analisa.
Fácil entendimento - Ele também falou sobre a situação em Manaus. Para ele, lá a situação também é fácil de ser entendida. O PCdoB apoia o candidato do PSB, Serafim Côrrea, lembrando que “é do campo nosso”, e explica que “se ele faz aliança com o PSDB, ele traz tucanos para campo dele como força auxiliar, não é a força central.”
. Para Renato, nesse caso também foi usada a lógica da exclusão. “Não poderíamos apoiar o Amazonino Mendes, que foi do PFL e hoje está no PTB, mas sempre foi força à direita e conservadora”.
De Brasília, Márcia Xavier
. “Nós tomamos a posição, no segundo turno, levando em conta a exclusão: se esse nós não podemos apoiar, apoiamos o outro”, explica Renato.
. Ele esclarece que inicialmente o Partido se orienta, na formação das alianças, pela sua linha crítica de que deve se compor prioritariamente com os partidos da base do presidente Lula e dentre esses partidos os que o PCdoB tem uma proximidade maior, que são os da esquerda, como PSB, PDT, que compõem o Bloco de Esquerda, que atuam conjuntamente na Câmara dos Deputados, e o PT. Além dos outros, como o PMDB e o PR.
. Renato destacou que essas alianças ocorrem também em função do fato de que raramente o Partido assume posição de neutralidade. “O partido se sente na obrigação de dar orientação para o seu eleitor e aqueles que acompanham o Partido”, afirmou.
União de forças - Ele disse ainda que no apoio, são negociadas questões defendidas no primeiro turno na campanha do PCdoB. “São feitos termos de compromisso em que apresentamos questões programáticas que são encampadas pelos candidatos”, anunciou o dirigente comunista, destacando entre eles o fato de que o PCdoB defende a união de forças políticas para governar uma cidade. Com isso, ele explica a aliança que o PCdoB fez com o PPS em Porto Alegre (RS) para lançar a candidatura de Manuela D´Ávila.
. “Essa aliança feita no primeiro turno é correta porque para governar uma cidade é preciso unir várias forças políticas”, explica Renato, utilizando a mesma justificativa para falar sobre as alianças do segundo turno.
Política no comando - Com a calma que o caracteriza, o líder comunista explica, para aplacar o ânimo dos mais exaltados, de que é natural a disputa que ocorre no primeiro turno, mas que não se pode colocar a política em segundo plano, e se deixar dominar pela emoção ou insatisfação pessoal. “A política tem que estar no comando, porque senão vai se pensar em função de interesses pessoais ou mágoas.”
. “Aliança é compromisso político, não ideológico”, afirmou, afastando a idéia de que o Partido trairia seus princípios ao apoiar um ou outro nome. E insistiu em afirmar que as alianças são feitas por exclusão, para que o Partido não fique em posição neutra.
. “O Partido opta pelo que mais se pode aproximar das nossas idéias. A neutralidade só se adota em casos muito excepcionais, quando os dois candidatos devem ser excluídos”, disse Renato Rabelo, para quem o Partido deve ser responsável para dizer ao seu eleitor qual o caminho que considera correto”, disse, acrescentando que “o Partido também não prega voto nulo e branco.”
Posição clara - Das 29 cidades que estão fazendo segundo turno e são todas cidades importantes, com mais de 200 mil habitantes – Renato citou os quatro casos em que surgiram mais dúvidas para o eleitor. Aonde a aliança do PCdoB não foi para o segundo turno, começando por Porto Alegre, ele define a posição dos comunistas como uma posição clara: “É o nosso campo, é o PT, mesmo tendo tido disputa, porque o Partido tinha um projeto próprio, vamos apoiar o PT.”
. Para justificar o apoio a Eduardo Paes, do PMDB, que disputa a Prefeitura do Rio de Janeiro com Fernando Gabeira, do PV, Renato diz que “nós seguimos a mesma linha. O Gabeira é oposição, não compõe a base do governo Lula e o PSDB sustenta a candidatura dele. É um tucano verde”, ironizou.
. Ele lembrou que o apoio a Paes atende a linha política do Partido. “Isso também foi feito em carta compromisso, em que ele incorpora ao seu programa questões programáticas do PCdoB defendidas no primeiro turno.”
Caso singular - Em Belo Horizonte, onde o opositor do candidato do PMDB, Leonardo Quintão, é Márcio Lacerda, do PSB, ele disse que a situação é singular, porque a aliança que sustenta a candidatura do socialista “é heterodoxa”, unindo o PT e o PSDB. Uma aliança que, segundo ele, serviu apenas aos dois ao governador (Aécio Neves, do PSDB) e ao prefeito (Fernando Pimentel, do PT) e deixou de fora todas as lideranças políticas de expressão da cidade.
. “A nossa candidatura surgiu exatamente como `anti-esse tipo de candidatura´. Uma candidatura imposta, sem personalidade, em que a população percebeu que quem ia ser o verdadeiro prefeito seria o governador e o prefeito”, criticou Renato.
. Em contrapartida, ele apresenta Leonardo Quintão, que recebeu o apoio do PCdoB no segundo turno, como um candidato “que é da base do governo e também contrário a esse tipo de acordo e se identificava mais com a posição nossa.”
Cenário futuro - O Presidente do PCdoB não quis comentar a repercussão da possível derrota de Márcio Lacerda e consequentemente do governador Aécio Neves nas eleições para Presidente da República em 2010. Derrotado em São Paulo, onde estimulou a candidatura de Geraldod Alckmin (PSDB) para se contrapor ao apoio de José Serra ao candidato do DEM, Gilberto Kassab, a derrota de Aécio em Belo Horizonte vai enfraquecê-lo ainda mais e consequentemente fortalecer Serra na disputa pela Presidência em 2010.
. Renato classifica esses elementos como especulações, afastando a discussão sobre 2010. Ao mesmo tempo, lembrou que “em termos de construção de cenários futuros, é bom saber que o PMDB é uma força grande e um aliado importante do governo e que em 2010 quem não tiver apoio do PMDB – um dos partidos que mais cresceu nessa eleição – vai ficar sem viabilidade de ganhar o pleito e poder governar”, analisa.
Fácil entendimento - Ele também falou sobre a situação em Manaus. Para ele, lá a situação também é fácil de ser entendida. O PCdoB apoia o candidato do PSB, Serafim Côrrea, lembrando que “é do campo nosso”, e explica que “se ele faz aliança com o PSDB, ele traz tucanos para campo dele como força auxiliar, não é a força central.”
. Para Renato, nesse caso também foi usada a lógica da exclusão. “Não poderíamos apoiar o Amazonino Mendes, que foi do PFL e hoje está no PTB, mas sempre foi força à direita e conservadora”.
De Brasília, Márcia Xavier
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