01 abril 2011

Boa noite, Sérgio Teixeira

Porque se a cerveja “farta”...


Pode ser em plena selva, pode ser em pleno mar
Embaixo da grande lua ou sob um sol de rachar
Pelado, de terno, de sunga, camiseta ou camisinha
A coisa mais gostosinha que tem pra saborear
Não é o que o ocês tão pensando maldosos e danadinhas
Mas eu falo é da loirinha que nos mata e nos maltrata
Porque se a cerveja “farta”, com certeza, a gente enfarta

Tem gente que paga caro mas não larga essa mania
É de noite, madrugada, é de tarde, é todo dia
Lata, latinha, latão, na garrafa, no gargalo
Eu aqui já nem mais falo dos que bebem socialmente
Porque tem muita gente que mente e bebe mais do que diz
Esse é X do problema, o dilema que nos esfarrapa
Porque se a cerveja “farta”, com certeza, a gente enfarta

Pode ser grande, pequeno, homem, mulher, qualquer um
Hetero, bi, gay ou não quando vê a bicha faz huuummmmm
A garganta fica seca, a carótida sobe e desce
O olho logo agradece quando vê o copo cheio
Ninguém deixa pelo meio, beba a última gotinha
Sem a danada da loirinha a vida é uma tristeza vasta
Porque se a cerveja “farta”, com certeza, a gente infarta.

Pra terminar vou dizer que quando escrevi essas linhas
Falando dessa loirinha que a todos domina e escraviza
Confesso: não sei por que lembrei muito de você
Então, tomei decisão e lhe enviei o poema
Pois acho que vale a pena sempre lembrar dos amigos
Tamu junto e misturado, vamos morrer agarrados nos braços dessa ingrata
Porque se a cerveja “farta”, com certeza, a gente infarta.

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