Enquanto isso...
Eduardo Bomfim, no Portal Vermelho
O relatório do Banco
Credit Suisse informa que em 2015 o patrimônio dos biliardários, que
representam apenas 1% da população do planeta, passa a acumular uma fortuna
superior a todo o resto da população do mundo.
Ou seja a fortuna de 70 milhões de super ricos é
superior à do restante dos sete bilhões da população, dos mortais comuns da
Terra. Sendo que nos últimos cinco anos o processo de acumulação de capital das
62 pessoas mais ricas do globo cresceu 44% enquanto aquele em mãos de 44% da
população mundial caiu 41% apesar do crescimento populacional em 400 milhões de
pessoas.
Quer dizer, em plena crise da Nova Ordem mundial
que ancora o sistema financeiro, a riqueza produzida no mundo ficou ainda mais
concentrada nas mãos de um exclusivíssimo clube de incríveis potentados. Já as
maiorias sociais do planeta viram encolher sua participação no conjunto da
riqueza global.
Já o corte das garantias trabalhistas, sociais,
tornou-se na Europa, EUA, a marca das políticas conservadoras, o “sacrifício
necessário para superar a crise econômica” desses Países.
Para o capital rentista essa acumulação inédita da
riqueza global é insuficiente, melhor dizer insaciável em sua lógica usurária,
mesmo que a penúria, miséria, a debacle da nações continue se alastrando
terrivelmente como se fosse uma grave epidemia que assola a Europa, que já
contaminou a grande maioria da sua população especialmente dos segmentos
assalariados.
Atualmente o discurso ideológico, político do
capital parasitário é hegemônico e propagado diuturnamente pela grande mídia
oligopolista que possui em cada nação suas associadas como no Brasil.
Tudo isso com a óbvia finalidade de escamotear
entre as maiorias sociais a usurpação dessa riqueza global, via análise de
“especialistas” e de uma nata de “intelectuais” que “justificam” diariamente
tal violência.
A crise política que assola o Brasil, a ação
premeditada contra a Amazônia, suas riquezas naturais, a insidiosa campanha
contra nossas reservas petrolíferas e a Petrobrás são inseparáveis desse butim
contra as riquezas dos povos.
Assim, além da urgência de um eficaz projeto nacional
de desenvolvimento, o País necessita de políticas de contenção da sanha do
capital rentista. E de estratégias que assegurem nesses tempos revoltos a sua
integridade e soberania.
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