Luciano
Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Cá em nosso país tropical, prevalecem indicadores de que a crise econômica não encontrará saída neste ano de 2016. Ainda que a inflação esteja numa linha de queda e a perda de empregos, que prossegue, reduza o ritmo.
E tem um agravante. O cenário internacional piorado.
Os EUA seguem em peculiar trajetória de "voo de galinha", entre espasmos de recuperação e de queda.
E os países da Zona do Euro, segundo avalia o próprio Banco Central Europeu, caminham para longo período de deflação.
Ocorre que, justamente os causadores da crise global que eclodiu em 2008 e persiste sem perspectiva de solução - o capital rentista - sempre esteve e continua no comando os centros decisórios.
Assim, justo o setor rentista se apresenta agora, mais uma vez, como epicentro da crise. Tanto que os grandes bancos europeus, que receberam, em 2008, mais de 661 milhões de euros em recursos públicos a título de resgate, revelam-se descapitalizados (parcela significativa de seus ativos exibem valor real menor do que o declarado; na linguagem brasileira, são podres) e encontram dificuldades para pagar seus passivos a curto prazo.
Nessa situação estão bancos do porte de Deutsche Bank e Santander.
Em consequência, nos Estados Unidos e na Europa, essas instituições financeiras e outras assemelhadas vêm sua cotação nas bolsas de valores caírem acentuadamente.
Em artigo recente, o economista português Francisco Louçã caracterizou a atual situação dos mercados europeus como "de pânico".
Ora, desde a passagem do século XIX ao século XX, quando o capitalismo ultrapassou sua etapa competitiva e ingressou na era dos monopólios, pouco a pouco se deu a integração das economias numa única economia global. Vivenciadas as transformações que se sucedem e, sobretudo, no mundo globalizado como se dá hoje, não se pode prever o futuro das economias nacionais sem considerar a economia global.
Assim, se é verdade que o Brasil está entre os países do mundo que detém imensas e ainda inexploradas potencialidades, em curto prazo nossa sorte em boa medida está associada aos rumos da economia global.
O desempenho atual da economia chinesa, nesse sentido, é emblemático, pois a China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil. A debacle do comércio de comodities nos atinge diretamente.
Em suma, não dá para contar agora com ventos favoráveis externos. Temos mesmo é que superar a crise política interna, reconquistar condições de governabilidade e implementar o plano de parcerias público-privadas voltado para grandes investimentos em infraestrutura, um dos vetores da desejada retomada do crescimento econômico.
Fora disso, não sairemos do lugar.
Cá em nosso país tropical, prevalecem indicadores de que a crise econômica não encontrará saída neste ano de 2016. Ainda que a inflação esteja numa linha de queda e a perda de empregos, que prossegue, reduza o ritmo.
E tem um agravante. O cenário internacional piorado.
Os EUA seguem em peculiar trajetória de "voo de galinha", entre espasmos de recuperação e de queda.
E os países da Zona do Euro, segundo avalia o próprio Banco Central Europeu, caminham para longo período de deflação.
Ocorre que, justamente os causadores da crise global que eclodiu em 2008 e persiste sem perspectiva de solução - o capital rentista - sempre esteve e continua no comando os centros decisórios.
Assim, justo o setor rentista se apresenta agora, mais uma vez, como epicentro da crise. Tanto que os grandes bancos europeus, que receberam, em 2008, mais de 661 milhões de euros em recursos públicos a título de resgate, revelam-se descapitalizados (parcela significativa de seus ativos exibem valor real menor do que o declarado; na linguagem brasileira, são podres) e encontram dificuldades para pagar seus passivos a curto prazo.
Nessa situação estão bancos do porte de Deutsche Bank e Santander.
Em consequência, nos Estados Unidos e na Europa, essas instituições financeiras e outras assemelhadas vêm sua cotação nas bolsas de valores caírem acentuadamente.
Em artigo recente, o economista português Francisco Louçã caracterizou a atual situação dos mercados europeus como "de pânico".
Ora, desde a passagem do século XIX ao século XX, quando o capitalismo ultrapassou sua etapa competitiva e ingressou na era dos monopólios, pouco a pouco se deu a integração das economias numa única economia global. Vivenciadas as transformações que se sucedem e, sobretudo, no mundo globalizado como se dá hoje, não se pode prever o futuro das economias nacionais sem considerar a economia global.
Assim, se é verdade que o Brasil está entre os países do mundo que detém imensas e ainda inexploradas potencialidades, em curto prazo nossa sorte em boa medida está associada aos rumos da economia global.
O desempenho atual da economia chinesa, nesse sentido, é emblemático, pois a China é hoje o principal parceiro comercial do Brasil. A debacle do comércio de comodities nos atinge diretamente.
Em suma, não dá para contar agora com ventos favoráveis externos. Temos mesmo é que superar a crise política interna, reconquistar condições de governabilidade e implementar o plano de parcerias público-privadas voltado para grandes investimentos em infraestrutura, um dos vetores da desejada retomada do crescimento econômico.
Fora disso, não sairemos do lugar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário