Luciano
Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Crise é crise e ninguém pode subestimá-la. Mais ainda quando
a crise política e econômica atual, em nosso País, está entrelaçada com a crise
global.
Nem se deve subestimá-la e muito menos analisá-la de modo
unilateral, enxergando apenas o lado das dificuldades.
Por exemplo, quando surgem dados positivos o noticiário
dominante ou esconde ou os subestima. A
resultante é a conclusão primária e superficial: o Brasil está no atoleiro e
dele não sairá.
Imaginem se os demais países, inclusive os mais
desenvolvidos, permitisse em enfoque distorcido quanto à evolução de suas
economias!
Nestes últimos dias, há sinais de vida em terreno árido.
Mas a pressão pelo impeachment ou, pelo menos, a permanência
da instabilidade política e da insegurança até o final do mandato da presidenta
se despe de qualquer consideração multilateral dos fatos.
Cito três fatos de sentido positivo, na contramaré da crise.
Um - A balança comercial brasileira teve superávit
de US$ 3,043 bilhões em fevereiro. Ou seja, exportamos mais do que importamos.
O melhor resultado para meses de fevereiro desde o início da série histórica da
balança, em 1989, diretamente relacionado com o aumento de 4,6% das vendas
externas.
Dois – O governo investiu R$ 251
bilhões em obras do PAC em 2015 – cifra que surpreende aos que só enxergam
coisa ruim. Entre os investimentos feitos, segundo o Ministério do
Planejamento, destacam-se 270 quilômetros de
rodovias (como 84,5 km da BR-418, que tem início em Minas Gerais, e 51 km da
BR-235, que liga Sergipe ao Pará), a ponte Anita Garibaldi e o túnel do Morro
do Formigão na BR-101(SC), 163 quilômetros da ferrovia Transnordestina, em
Pernambuco, dois terminais hidroviários de passageiros na região Norte, o
Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), a recuperação do pátio do Aeroporto
Santos Dumont (RJ) e a ampliação dos aeroportos de Santarém (PA) e Tabatinga
(AM).
Três –
Amenizada a crise hídrica, a partir de abril será adotada a bandeira
verde no sistema de bandeiras tarifárias (substituindo a bandeira vermelha, que
sinaliza contas mais caras. O consumidor deverá pagar menos pela energia.
O
governo decidiu que até o final deste mês de março, serão desligadas sete usinas
térmicas com custo de geração acima de R$ 420 por megawatt-hora (MWh). Em
seguida, 15 usinas que geravam energia a um custo de R$ 250 por MWh.Não se supera,
assim, a crise. Mas alguma luz começa a surgir – justamente pelo cambio
favorável e pela tentativa de contornar o gargalho da infraestrutura.Há muito chão
pela frente – e tudo passa pela formação de uma maioria nacional, para além dos
partidos políticos, em favor da retomada do crescimento econômico inclusivo.
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