Eduardo
Bomfim, no Vermelho
O golpe político no País continua o seu curso movido por forças
poderosas, globais e nativas, sem previsão de alguma data específica para a sua
consecução definitiva, cujo objetivo estratégico é a captura do Estado por
forças políticas alinhadas ao capital financeiro globalizado, na tentativa da
desconstrução de qualquer projeto estratégico de desenvolvimento factível que
assegure a soberania, o desenvolvimento da nação.
A globalização da Nova Ordem
mundial exerce, há tempos, intensa hegemonia econômica e política sobre o
planeta, com exceção de algumas nações que, atentas às fases da mundialização dos
fluxos financeiros, aos processos da construção de instâncias de poderes
globalizados, adotaram estratégias de sobrevivência e adequação à nova
realidade.
Assim podemos constatar que
tudo aquilo que representa obstáculos ao exercício do poder pelo capital
financeiro, através de uma espécie de governança mundial, deve ser confrontado
não importa se as formas e as relações consagradas sobre Estado e Direito sejam
agredidas para se atingir o objetivo pretendido.
Por isso, verifica-se que a
própria democracia tem sido uma vítima constante, perdendo dessa forma a sua
“autossuficiência” enquanto regime a ser respeitado. Essa fórmula adotada de
relativização das liberdades políticas, no sentido abrangente do termo, vem
sendo aplicada, com algumas variáveis, tanto no primeiro mundo quanto entre as
nações emergentes.
Daí porque institui-se no
Brasil um regime autoritário através de elites políticas retrógradas, com o
apoio da grande mídia monopolista, que é parte indissociável desse processo
golpista, que vai destituindo a presidente Dilma Rousseff, legitimamente eleita
com mais de 54 milhões de votos.
No entanto, o objetivo
estratégico do capital financeiro é apoderar-se do Estado nação, tornar refém a
sociedade, abater qualquer obstáculo prático, ideológico, cultural, que impeça
a consecução dos seus interesses.
Assume relevância, como sempre,
a efetiva amplitude na tática política, relacionada à análise concreta da
realidade concreta.
Tanto como a indeclinável luta
de ideias nessa batalha decisiva em defesa da democracia aviltada, do Estado
nacional sob ameaças, e a constituição de um projeto de desenvolvimento
estratégico que indique rumos ao País.
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