Ômicron: 10
mitos sobre a nova variante da Covid-19
De acordo com a OMS, em 10 semanas, a cepa gerou 90
milhões de novos casos, superando o número de infecções notificadas em 2020; a
alta propagação do vírus espalhou também diversos mitos sobre a pandemia.
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O
diretor-geral da OMS, Tedros Gebreyesus, afirmou que foram reportados 90
milhões de novos casos nas últimas 10 semanas. O número é superior ao total de
infecções em 2020.
Para
evitar que os mitos se propaguem tão rapidamente quanto a variante Ômicron, a
OMS reuniu as dúvidas mais comuns que estão circulando nas redes sociais, mídia
e buscas na internet e explicou, com base em ciência, o que é verdade.
1) É falso que todos os casos de Ômicron são leves
Fato: a Ômicron parece ser menos grave que a variante Delta, mas não deve ser
considerada leve
Vários
países mostraram que a gravidade da infecção pela variante Ômicron em suas
populações foi menor em comparação à Delta.
No
entanto, os estudos têm ocorrido, sobretudo, em países com altas taxas de
vacinação.
Assim, a
OMS afirma que ainda é cedo para prever o impacto da Ômicron nos países com
menores taxas de vacinação e nos grupos mais vulneráveis.
2) É falso que com “a Ômicron menos grave”, haverá menos
hospitalizações
Fato: Ômicron representa um alto risco para os sistemas de saúde
Os dados
atuais indicam que a Ômicron se espalha mais facilmente do que a variante
Delta.
Com
sintomas mais leves de Covid-19, uma porcentagem menor de pacientes precisa de
hospitalização.
No
entanto, dado o número muito elevado de infecções, essa quantidade menor
representa muitas internações.
Isso torna
mais difícil para os sistemas de saúde tratar pacientes com Covid-19 e outros
tipos de doenças.
3) É falso que a Ômicron é semelhante a um resfriado comum
Fato: a Ômicron é muito mais perigosa do que um resfriado comum
A Ômicron
não é como um resfriado comum. A variante aumenta as chances de hospitalização
e mortes entre os infectados.
Além
disso, as pessoas infectadas pela Ômicron também correm o risco de desenvolver
os efeitos de longo prazo da Covid, conhecidos como Covid longa.
4) É falso que a sublinhagem da Ômicron, BA.2, não pode ser
detectada
Fato: Todos os subtipos de Ômicron podem ser detectados
A variante
Ômicron inclui quatro linhagens ou subtipos.
A BA.1 é a
responsável pela última onda de casos de Covid-19, mas BA.2 está aumentando em
muitos países, incluindo Índia, África do Sul, Reino Unido e Dinamarca.
BA.2
difere da BA.1 em algumas proteínas, incluindo a proteína spike.
A OMS
explica que a BA.2 não causa uma marca específica em exames laboratoriais,
podendo ser muito semelhante a outras versões do coronavírus, como a Delta, em
uma primeira triagem.
Isso não
significa que a variante não pode ser detectada, mas sim que a detecção é feita
de forma diferente.
A OMS
pediu "priorização da pesquisa, independente e comparativa" sobre as
características de BA.2, incluindo sua capacidade de propagação e sobre a
eficácia das vacinas disponíveis.
5) É falso que as vacinas não funcionam contra a Ômicron
Fato: As vacinas oferecem a melhor proteção disponível contra a Ômicron
As vacinas
continuam protegendo contra casos mais graves da doença e morte em casos de Covid-19
causados pela Ômicron, assim como fazem com as outras variantes ainda em
circulação.
Até agora,
a taxa comparativamente mais baixa de hospitalizações e mortes se deve em
grande parte ao fato de muitas pessoas já estarem vacinadas.
A
vacinação estimula a resposta imunológica do corpo contra o vírus, que não
apenas nos protege das variantes atualmente em circulação, mas também de ficar
gravemente doente de possíveis futuras mutações.
6)
É falso que as pessoas que não se vacinaram não ficarão gravemente doentes com
Ômicron
Fato: Pessoas não vacinadas correm mais risco de contrair a Ômicron
A grande
maioria das pessoas hospitalizadas em países onde a Ômicron se tornou a
variante dominante não é vacinada.
Se não
forem tomadas medidas para interromper a transmissão do Covid-19, a variante
Ômicron seguirá se espalhando com grande velocidade e, como na onda Delta, as
pessoas não vacinadas serão as mais afetadas.
A
principal recomendação da OMS ainda é se vacinar quando for a sua vez,
incluindo uma dose de reforço, se oferecida.
Além
disso, a agência reforça que é necessário imunizar de forma igualitária 70% da
população global até meados de 2022.
7) É falso que se alguém já pegou Covid-19 terá imunidade contra
Ômicron
Fato: a Ômicron pode reinfecctar pessoas que já tiveram Covid-19
A OMS
recomenda que mesmo quem já teve Covid-19 se vacine. Isso porque a reinfecção
com a Ômicron é possível e, sem a imunização, há chances de desenvolver casos
graves, transmitir o vírus para outras pessoas ou ter sintomas de Covid longa.
A OMS
lembra que ser vacinado é a melhor maneira de proteger a si mesmo e aos outros
ou adoecer gravemente e morrer.
8) É falso que doses de reforço não são eficazes na prevenção de
doenças graves com Ômicron
Fato: As doses de reforço são eficazes para aumentar a proteção
A eficácia
das vacinas Covid-19, como a de muitas outras vacinas, como a gripe, diminui
com o tempo, por isso as doses de reforço são recomendadas.
Assim, a
proteção contra casos graves de Covid-19 é ampliada. Os reforços são
especialmente importantes para grupos de risco: pessoas com mais de 60 anos ou
com problemas de saúde pré-existentes.
Os
profissionais de saúde também devem receber doses adicionais devido ao alto
risco de exposição ao vírus e ao perigo de contágio para as pessoas vulneráveis
de quem cuidam.
9) É falso que as máscaras são inúteis contra Ômicron
Fato: O uso de máscaras é uma medida de proteção eficaz
Com base
nas evidências disponíveis, todas as medidas preventivas que funcionam contra a
variante Delta são eficazes contra a Ômicron, e isso inclui o uso de máscaras
faciais.
A variante
Ômicron se espalha com tanta facilidade que, além da vacinação, todas as outras
medidas preventivas são necessárias: uso de máscara, distanciamento físico,
evitar espaços fechados ou lotados, garantir boa ventilação dos ambientes,
proteger a boca ao tossir ou espirrar e lavar as mãos.
10) É falso que sendo a Ômicron menos severa, estaríamos nos
aproximando do fim da pandemia
Fato: Não é possível prever o fim da pandemia
Segundo a
OMS, é importante reconhecer que ainda temos um longo caminho a percorrer para
acabar com a pandemia.
Com as
novas infecções pelo mundo, a OMS acredita que as chances de surgirem novas
variantes são muito altas.
Para sair
da fase aguda da pandemia, é fundamental cumprir a meta estabelecida de vacinar
70% da população de todos os países até meados deste ano e continuar tomando
medidas para reduzir a transmissão.
.
Será aceitável que 9 crimes tão graves fiquem impunes? https://youtu.be/sJ2lSvc193E
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