De armas a Fundo Amazônia: em primeiro ato como presidente, Lula
revoga medidas de Bolsonaro
Decretos e MPs também
envolvem sigilos, Bolsa Família e desoneração de combustíveis
O
Globo
O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva assinou neste domingo seus primeiros atos como chefe
do Executivo. Entre decretos, medidas provisórias (MP) e despachos, as medidas
tratam de temas como armas, Amazônia, sigilo de informações públicas, Bolsa
Família e desoneração de combustíveis, entre outros. Parte das medidas
assinadas revoga atos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
As medidas ainda não
foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). Os atos foram assinados em
cerimônia no Palácio do Planalto.
Os atos tratam de
temas sensíveis da gestão Bolsonaro, boa parte deles alvo de críticas de Lula
durante a campanha eleitoral, como a política de flexibilização de posse e
porte de armas e a decretação de sigilos de 100 anos em determinados
documentos.
No caso das
armas, o decreto suspense o registro de novas armas de uso restrito do grupo
conhecido como caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) e também as
autorizações de novos clubes de tiro. O texto também condiciona a autorização
de porte de arma à efetiva comprovação de necessidade.
Um decreto
também reestabeleceu o funcionamento do Fundo Amazônia. O fundo foi paralisado
no governo Bolsonaro, após à extinção dos comitês que geriam os recursos.
Também na área ambiental, foi editado um decreto sobre o combate ao
desmatamento e foi revogada uma medida sobre garimpo ilegal.
Na questão dos sigilos,
foi assinado um despacho determinando que a Controladoria-Geral da União (CGU)
reavalie, em até 30 dias, decisões tomadas no governo anterior que mantiveram
em segredo determinadas informações.
Também foram
assinadas três medidas provisórias (MP): uma que reestrutura o governo,
aumentando o número de ministérios; outra que prorroga a desoneração de
impostos federais sobre combustíveis e uma terceira que viabiliza o pagamento
de R$ 600 do Auxílio Brasil, que vai voltar a se chamar Bolsa Família.
Na educação, foi
revogado um decreto que permitiu escolas especiais voltadas apenas a alunos com
deficiência.
Os atos assinados
foram:
·
medida provisória que estabelece estrutura dos ministérios
·
medida provisória que garante pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil, que
voltará a se chamar Bolsa Família
·
medida provisória que prorroga as desonerações de combustíveis
·
decreto que reduz o acesso às armas e munições, suspende o registro de
novas armas de uso restrito de caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) e
suspende as autorizações de novos clubes de tiro
·
decreto que trata sobre desmatamento
·
decreto que restabelece Fundo Amazônia
·
revogação decreto que tratava sobre garimpo ilegal
·
despacho determinando que a Controladoria-Geral da União reavalie, em 30
dias, decisões da gestão Bolsonaro sobre sigilo de documentos
·
revogação de decreto que permitia separar alunos com deficiência
Verso e reverso do que acontece https://bit.ly/3Ye45TD
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