. A notícia está no Valor Econômico: A temida migração em massa dos fundos DI para as cadernetas de poupança, favorecida pela queda contínua da taxa básica de juros, já pode ter começado.
. Dados divulgados nesta segunda-feira pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) mostram uma saída líquida de R$ 2,75 bilhões dos fundos DI durante o mês de junho, a maior do ano. No mesmo período, a poupança registrou o mais elevado ingresso líquido mensal de 2009, com R$ 2,089 bilhões.
. A Selic menor, atualmente em 9,25% ao ano, tende a minar a competitividade do investimento nos fundos DI, que passa a concorrer com a poupança. Apesar da rentabilidade bruta menor, de cerca de 7%, a caderneta não é tributada com o Imposto de Renda (IR), o que pode trazer ganho maior no fim das contas.
. Para o governo, entretanto, não há vantagem neste movimento. Como os investimentos em fundos DI normalmente são direcionados à compra de títulos públicos, a migração para a poupança surge como uma ameaça ao refinanciamento da dívida pública pelo governo.Além disso, a legislação vigente determina a alocação de 65% do montante total aplicado na poupança em operações de crédito imobiliário, que pode não apresentar demanda correspondente ao aumento da oferta. Há ainda os bancos, que perdem a receita oriunda das taxas de administração dos fundos DI.
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