27 agosto 2011

Boa tarde, Alberto da Cunha Melo

Nuvens de pó

Onde, amor cego, surdo e mudo,
brisa sem folha, enlouquecida,
braços de Deus na correnteza,
amor da vida pela vida,

amor de coisa por seu nome,
amor do homem pelo homem,

onde te encontras, nesta hora,
de alta pressa sem endereço,
quando a alegria se evapora?

talvez nas nuvens passageiras
de pó, a formar cordilheiras.

http://www.lucianosiqueira.blogspot.com/

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