No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
O princípio de Goebbels
A grande maioria do planeta vive atualmente sob o guarda-chuva do chamado pensamento único que determina o que nós devemos comer, beber e como devemos consumir os produtos em geral. Dita as regras determinadas pelas necessidades e interesses do mercado global, o que é politicamente correto e aquilo considerado incorreto ou condenável em uma gradação quase matemática.
Essa bula sobre o comportamento, hábitos e opiniões dos cidadãos, substitui na prática os códigos legais das nações e as leis internacionais, quando não os levam a adequações errôneas e ao constrangimento jurídico.
Com a profunda crise econômica, social e política em que vive o neoliberalismo em decorrência da débâcle sistêmica do capital financeiro internacional, a promoção dessa cultura do pensamento único, substrato da nova ordem mundial, intensificou-se de maneira bem mais hostil.
Com as consequências e desmoralização das políticas neoliberais, recrudesceram as agressões militares do império norte-americano e seus atuais aliados Inglaterra, Itália, França e outras nações menos importantes.
Essas incursões armadas de posse e pilhagem dos territórios sempre são precedidas de bombardeio de um outro tipo, mas não menos violento, através da grande mídia hegemônica mundial que promove uma espécie de lavagem cerebral de desinformação sobre a realidade do País agredido e as verdadeiras intenções imperiais.
Qualquer cidadão medianamente esclarecido já sabe perfeitamente que a ação militar estrangeira contra a Líbia deveu-se às suas imensas reservas petrolíferas e do gás que abastece grande parte da Europa. Além do escandaloso sequestro dos bilionários ativos financeiros do Estado líbio.
O que caracteriza a atual intervenção a esse País como o maior assalto à mão armada da História da humanidade, independente de qualquer consideração que se faça sobre o governo Kadhafi.
Mas a campanha de desinformação promovida pela grande mídia hegemônica global, que poderia ser acusada de cúmplice pelo crime de violação ao Direito Internacional de Autodeterminação das Nações, superou o princípio de Goebbels, ministro da propaganda de Hitler.
Goebbels dizia que era preciso repetir uma mentira tantas vezes, e até à exaustão, até que ela se transformasse em realidade. Essa tem sido a estratégia dos EUA, das nações europeias que participam das agressões militares através da OTAN e da grande mídia hegemônica internacional que se transformou no braço midiático do capital financeiro global.
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