A Nota Técnica Vidas Perdidas e Racismo no Brasil, divulgada ontem
pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) – estima, para cada estado
do país, os impactos de mortes violentas (acidentes de trânsito, homicídio,
suicídio, entre outros) na expectativa de vida de negro e não negros, com base
no Sistema de informações sobre Mortalidade (SIM/MS) e no Censo Demográfico do
IBGE de 2010. Revela uma realidade contundente: tendo em conta apenas o
universo dos indivíduos que sofreram morte violenta no país entre 1996 e 2010, verifica-se
que além das variáveis socioeconômicas – escolaridade, gênero, idade e estado
civil –, a cor da pele da vítima, quando preta ou parda, faz aumentar a
probabilidade do mesmo ter sofrido homicídio em cerca de oito pontos
percentuais. Uma face cruel da luta – que é de todos – pela igualdade racial.
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