Marqueteiro do PSDB
diz que TSE sabia do uso ilegal do WhatsApp nesta eleição
Jornal GGN
O
marqueteiro do PSDB Marcelo Vitorino afirmou em entrevista ao Correio
Brasiliense que o Tribunal Superior Eleitoral foi informado do uso ilegal do
WhatsApp durante a eleição de 2018, mas não adotou nenhuma medida para
fiscalizar que o escândalo tomasse a proporção do que foi denunciado pela Folha
de S. Paulo na quinta (18).
O jornal
mostrou que empresas estão investimento na compra de pacotes de disparo em
massa de mensagens no WhatsApp, para favorecer a candidatura de Jair Bolsonaro.
Ataques contra o PT teriam sido programados para ocorrer na véspera do segundo
turno. Um único contrato desse tipo de serviço poderia chegar a R$ 12 milhões.
Como o
financiamento empresarial foi proibido no Brasil, essa ação dos empresários
pode configurar caixa 2 em favor de Bolsonaro. Além disso, não se sabe se eles
estão utilizando base de dados adquirada ilicitamente - é proibido usar
contatos que não estejam na lista de partidos e candidatos.
Ao Correio,
Vitorino disse que o TSE foi informado por várias fontes do uso irregular das
bases de dados, impulsionamento pago por empresas e disparos em massa com
conteúdo falso. "Todas as pistas de que isso ocorreira foram apresentadas,
mas não se fez nada."
Segundo o
consultor de marketing digital da campanha de Geraldo Alckmin, há menos de 50
empresas no Brasil que fornecem plataformas de disparo em massa no WhatsApp, o
que significa que, para o TSE, não seria tão difícil acompanhar e investigar
essas agências.
Nesta sexta
(19), o WhatsApp noticiou as agências citadas na matéria da Folha e suspendeu a
conta delas no aplicativo, para investigação. A empresa que cuida oficialmente
do marketing de Bolsonaro também será investigada, informou a Folha.
Já o TSE
programou uma coletiva de imprensa nesta sexta para falar do caso pela primeira
vez, mas adiou o encontro para domingo (20) com a desculpa de conflito de
agendas dos participantes.
O Ministério
Público Eleitoral informou, no final da tarde de quinta (18), ao GGN, que irá
atuar nas ações apresentadas ao TSE por partidos e candidatos. O MPE não quis
se posicionar sobre a revelação feita pela Folha.
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