Relembrando
as nossas aulas e o compromisso com as cidades
Lúcia Siqueira*
Caros alunos, você
lembra-se da nossa discussão em sala de aula sobre DIREITO À CIDADE?
Lembra-se do
trabalho em que você refletiu e opinou sobre isso?
Você concorda que
Direito à Cidade, deve ser entendido não apenas como o combate às
desigualdades, com a provisão de moradia digna, segurança jurídica na posse da
terra e condições básicas de infraestrutura urbana, que fazem parte da agenda
da reforma urbana, como também a democratização dos espaços urbanos, a
prioridade do viário para o transporte coletivo e mobilidade ativa e a
perspectiva de tornar as cidades mais limpas e saudáveis?
Você lembra que
falamos da importância do Sistema Nacional de Habitação e da Política de Habitação
na aula de Intervenções em áreas de Interesse Social?
E a aquela
conversa sobre a importância dessa mesma cadeira por proporcionar a
oportunidade de projetar para maioria da população e também possibilidade de
mercado de trabalho?
Lembra também das
questões e perdas que levantei sobre a nova lei de regularização fundiária (Lei
nº 13.465/2017)?
Lembra também que
falamos sobre a baixa capacidade de alguns municípios de elaborar projetos e
acessar alguns recursos? Que faltavam arquitetos no quadro de técnico de muitas
prefeituras?
E você já ouviu
ou leu algo sobre o retrofit de edifícios? Muitos arquitetos e estudiosos no
assunto dizem que será um novo campo de trabalho já explorado na Europa.
Lembra também que
critiquei o MCMV e dava o exemplo de um conjunto habitacional distante do
centro da cidade de Caruaru? E que é preciso repensar um novo modelo para esse
programa?
E daquela eterna
ladainha sobre a tal da especulação imobiliária?
E o tal do
Estatuto da Metrópole e a necessidade de uma governança interfederativa?
Pois bem, tudo isso é falado no Plano de Governo de Haddad.
No Plano de
Governo do outro candidato não existe proposta para as cidades. Nem ao menos
encontrei as palavras: moradia, urbano, metrópole. E só uma vez a palavra
cidade na frase: ... cidades administradas pela esquerda...
Pois bem, leia,
reflita e pense. Quando votamos no presidente não definimos apenas os rumos da
economia ou da privatização da Petrobrás. Estamos definindo também o futuro das
cidades brasileiras. Diferente da grande parte da população, nós arquitetos e
urbanistas de hoje de amanhã temos essa responsabilidade.
E aí no dia 28
qual a proposta de cidade você irá escolher?
Abraços,
Lúcia
Lúcia
* Arquiteta,
urbanista e professora
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