As
manobras estatísticas para ocultar o desastre do mercado de trabalho
Luís Nassif, Jornal GGN
A propaganda oficial costuma recorrer a uma
“pegadinha” para edulcorar os dados de desemprego. Trata-se de divulgar, de
forma isolada, os dados sobre a População Ocupada. Pelos dados que acabaram de
ser divulgados, do trimestre mar-mai 2021, houve aumento de 809.000 pessoas
ocupadas, uma alta de 0,94% em relação ao trimestre dez 2020-fev 2021.
Ocorre
que, no mesmo período, a População Economicamente Ativa (PEA) – ou seja,
pessoas em idade de trabalho – aumentou em 1.180.000 de pessoas. Portanto,
houve um aumento de 372.000 na população desocupada. Ou seja, para manter o
mesmo nível de ocupação, a geração de emprego tem que, no mínimo, acompanhar o
crescimento da PEA.
As curvas de desalentados na Força de Trabalho e de subocupação teve mudanças mínimas e se mantêm em patamares muito mais elevados depois da reforma trabalhista do governo Temer. O mesmo ocorreu com a subocupação.
Outro dado que comprova o desmonte do
mercado de trabalho, a partir de Temer, é a relação entre contribuintes (com
pagamento ao INSS) e força de trabalho.
Repare
que, em períodos de aprofundamento da crise – 2015 e no ano passado – aumenta a
proporção de contribuintes na força de trabalho. Significa a demissão maior foi
de trabalhadores com contratos informais de trabalho.
Veja: A CPI continua botando mais caroço para o indigesto
angu de Bolsonaro https://bit.ly/3dkvSvC
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