Na Folha de Pernambuco de hoje (www.folhape.com.br), matéria assinada por Jairo Lima refere a minha compreensão acerca do propósito do presidente Lula de se eximir de comparecer às eleições municipais onde as forças que apóiam o governo – nada menos do que onze legendas partidárias – não estejam unidas em torno de uma única candidatura.
Como digo no texto, o posicionamento do presidente Lula não altera o quadro da sucessão municipal no Recife. Se o presidente diz que quer a união de partidos, sabemos que apóia as outras legendas também. Isso estimula as candidaturas de siglas componentes da sua base de Governo.
O gesto do presidente é importante e deve ser considerado. Mas certamente Lula não desconhece a enorme diversidade regional e intra-regional que caracteriza a sociedade brasileira, e que se reflete nas disputas eleitorais locais. A partir mesmo das capitais e grandes cidades, vê-se que os principais partidos da base de sustentação do governo ensaiam candidaturas concorrentes. É natural e não implica em dispersão definitiva (sobretudo onde a eleição se dará em dois turnos), nem em desavenças sobre o projeto estratégico comum.
Em Pernambuco, por exemplo, o desafio é ultrapassarmos o episódio eleitoral de outubro convivendo respeitosamente com as divergências e disputas locais, mantendo contudo a convergência de propósitos para o pleito de 2010. Aqui nossas forças estão amadurecidas o suficiente para alcançarem êxito nessa empreitada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário