Luis Nassif, no GGN
Os jornais têm dois bons temas para bater na Petrobras.
O primeiro, a propina. Se no período Paulo Roberto Costa houve R$ 150 bilhões em investimento e a taxa de propina era de 3%, tem-se aí uma corrupção potencial de R$ 4,5 bilhões - enorme por qualquer critério que se tome.
O segundo, a baixa de R$ 80 bilhões nos ativos da empresa. Ou seja, se fossem construídos novamente, a valores de hoje, os equipamentos custariam R$ 80 bilhões a menos, prova de que, em sua enorme corrida para se transformar em uma das maiores petroleiras do planeta, a Petrobras se descuidou dos cuidados mínimos de planejamento.
Ou seja, dois dados para os jornais exercitarem - com consistência - a missão de criticar informando.
Mas o padrão de jornalismo brasileiro não é informar: é causar.
Assim, joga-se todo o valor da reavaliação de ativos na conta da corrupção, como se fosse minimamente factível um roubo no valor de R$ 80 bilhões.
Segue-se a máxima de Rupert Murdoch: a verdade, para nosso público, é nossa mentira na qual eles acreditem.
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