Foto: LS
Verde que te quero verde no Recife
Luciano Siqueira, no
portal Vermelho e no Blog de Jamildo
A execução de um programa de
governo se dá sob a influência de um conjunto de variáveis – da vontade
política do governante à capacidade criativa e realizadora de sua equipe,
passando pela indispensável interação com a população.
Vontade política, capacidade empreendedora
e habilidade na viabilização de meios marcam agora, no Recife, a construção de
ampla rede de sustentabilidade ambiental, cujo lance mais recente se deu dias
atrás, quando o prefeito Geraldo Julio e a secretária de Meio Ambiente e
Sustentabilidade, Cida Pedrosa, anunciaram novos dispositivos legais sobre a
matéria. A lei do “telhado verde”, as novas diretrizes de compensação para
construções no entorno de praças e parques e a política municipal de educação ambiental
– que se somam a outras medidas adotadas pela Prefeitura no início da atual
gestão, como a Lei de Enfrentamento de Mudanças Climáticas (que inclui o
inventário das emissões dos gases que causam o efeito estufa) e o Sistema Municipal
de Unidades Protegidas (SMUP).
A lei de “telhado verde“, algo
relativamente simples, implica a obrigação de se implantar uma camada de
vegetação aplicada sobre a cobertura das edificações residenciais acima de
quatro pavimentos e para edificações não-habitacionais com mais de 400m² de
área coberta. Isto contribui para reduzir as “ilhas de calor” - espaços com
maiores concentrações de altas temperaturas -, transformando dióxido de carbono
(CO2) em oxigênio (O2).
Além disso, os novos projetos de
edificação devem contemplar a construção de reservatórios de acúmulo e retardo
das águas pluviais, que auxiliarão na microdrenagem da cidade, na medida em que
a água contida seja liberada gradativamente depois das chuvas ou sendo armazenada
para reutilização em serviços como a limpeza de áreas comuns das edificações ou
usos domésticos.
As novas diretrizes de
compensação para construções no entorno de Praças e Parques, por seu turno,
proporcionam a implantação de faixas de amenização ambiental de dois metros de
comprimento na frente dos terrenos dos empreendimentos (entre a calçada e o
muro) localizados no entorno de praças e parques acima de 600 m², ou em ruas convergentes.
O aumento do espaço destinado a áreas verdes e o maior plantio de árvores
também estão previstos para as construções nos arredores das praças e parques
em até 10%, variando entre 50 e 100 metros.
A conscientização das novas
gerações está no foco da política municipal de educação ambiental, tendo como
palco as escolas da rede municipal, valendo-se também de iniciativas diversas
com esse fim.
O Recife caminha, desse modo,
para se incluir entre as cidades sustentáveis, compatibilizando desenvolvimento
o econômico e a renovação urbanística com a preservação do meio ambiente.
Importante item do programa de governo que se torna realidade.
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