Agravos à
democracia até o dia 7
Luciano
Siqueira, no Blog da Folha
Há
alguns dias, o jornalista Janio de Freitas escreveu na Folha de S. Paulo que,
quase na reta final das eleições, o Judiciário permanecia meio que equidistante
da campanha. Silencioso.
Esse silêncio — escreveu — lhe parecia estranho e talvez perigoso.
Agora, ontem, a seis dias da votação, o mais partidário dos juízes, Sérgio Moro, certamente incomodado com o desenrolar da disputa, polarizada entre o capitão Bolsonaro e Fernando Haddad, levanta o sigilo acerca da delação premiada do ex-ministro Palocci tendo como alvos o ex-presidente Lula e o PT.
Provavelmente, essa pretensa "bomba" não terá influência decisiva sobre o comportamento do eleitorado.
Primeiro, porque - a vida tem demonstrado à exaustão - denúncias de última hora em pleno auge de uma disputa eleitoral têm efeito muito limitado.
Segundo, a delação do ex-ministro é reconhecidamente mero artifício para tentar reduzir a própria pena a que provavelmente será condenado. Tanto que o “insuspeito” Ministério Público Federal já a havia recusado, precisamente porque suas supostas revelações, sem provas, não serviriam como munição contra Lula.
Como se sabe, a delação a que Moro se refere segue através de questionável acordo com a Polícia Federal.
Outra manifestação inapropriada do Judiciário ocorre mediante arranca rabo entre dois ministros do STF, Ricardo Lewandowski e Luiz Fux, tendo como motivo a pretensão do jornal Folha de S. Paulo de publicar agora uma entrevista com o ex-presidente Lula.
Péssimo que um país da dimensão e da importância geopolítica do Brasil seja submetido a essa opereta de mau gosto, que é o esgarçamento do papel constitucional dos chamados Três Poderes da República.
O pretenso e persistente protagonismo político do Judiciário rompe frontalmente com o conteúdo e o espírito de Constituição de 1988. Um dos elementos lamentavelmente persistentes da crise institucional em que estamos enredados.
As coisas acontecem de tal modo, que a realização das eleições no dia 7 e a conclusão da disputa pela presidência da Republica no segundo turno, levados a bom termo, apesar de tudo, já serão uma vitória da democracia.
Inevitável, entretanto, é a ação deletéria da conjura Sistema Globo, Ibope, Moro, Palocci e Polícia Federal que pretende fechar o cerco ao PT e desgastar o provável favorito no segundo turno, Fernando Haddad.
Assim, no dia 7 estarão em causa a escolha do novo presidente — vale dizer, o rumo que o Brasil deve tomar — e a própria preservação da democracia.
Esse silêncio — escreveu — lhe parecia estranho e talvez perigoso.
Agora, ontem, a seis dias da votação, o mais partidário dos juízes, Sérgio Moro, certamente incomodado com o desenrolar da disputa, polarizada entre o capitão Bolsonaro e Fernando Haddad, levanta o sigilo acerca da delação premiada do ex-ministro Palocci tendo como alvos o ex-presidente Lula e o PT.
Provavelmente, essa pretensa "bomba" não terá influência decisiva sobre o comportamento do eleitorado.
Primeiro, porque - a vida tem demonstrado à exaustão - denúncias de última hora em pleno auge de uma disputa eleitoral têm efeito muito limitado.
Segundo, a delação do ex-ministro é reconhecidamente mero artifício para tentar reduzir a própria pena a que provavelmente será condenado. Tanto que o “insuspeito” Ministério Público Federal já a havia recusado, precisamente porque suas supostas revelações, sem provas, não serviriam como munição contra Lula.
Como se sabe, a delação a que Moro se refere segue através de questionável acordo com a Polícia Federal.
Outra manifestação inapropriada do Judiciário ocorre mediante arranca rabo entre dois ministros do STF, Ricardo Lewandowski e Luiz Fux, tendo como motivo a pretensão do jornal Folha de S. Paulo de publicar agora uma entrevista com o ex-presidente Lula.
Péssimo que um país da dimensão e da importância geopolítica do Brasil seja submetido a essa opereta de mau gosto, que é o esgarçamento do papel constitucional dos chamados Três Poderes da República.
O pretenso e persistente protagonismo político do Judiciário rompe frontalmente com o conteúdo e o espírito de Constituição de 1988. Um dos elementos lamentavelmente persistentes da crise institucional em que estamos enredados.
As coisas acontecem de tal modo, que a realização das eleições no dia 7 e a conclusão da disputa pela presidência da Republica no segundo turno, levados a bom termo, apesar de tudo, já serão uma vitória da democracia.
Inevitável, entretanto, é a ação deletéria da conjura Sistema Globo, Ibope, Moro, Palocci e Polícia Federal que pretende fechar o cerco ao PT e desgastar o provável favorito no segundo turno, Fernando Haddad.
Assim, no dia 7 estarão em causa a escolha do novo presidente — vale dizer, o rumo que o Brasil deve tomar — e a própria preservação da democracia.
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