Como não tirar o
país da crise
Luciano Siqueira
O
tema reclama análise mais circunstanciada. Mas os números do IBGE são claros. Os
primeiros três meses do governo Bolsonaro têm o desenho de uma economia estagnada.
O PIB caiu
0,2% de janeiro a março, comparado ao 4º trimestre de 2018, o primeiro
resultado no vermelho após dois anos (oito trimestres) seguidos de recuperação
da atividade, ainda que com desempenho fraco.
O
PIB havia crescido 1,1% em 2017 e em 2018, para depois afundar em 7,6% em 2015
e 2016.
Que
faz a chamada equipe econômica?
Esperneia
na insistência na consigna “mágica” de que o ajuste fiscal é tudo, sem o qual a
economia não voltará a decolar.
Política
industrial? Nada.
Estímulo
a investimentos produtivos? Zero.
Olhos
fechados ao fato indiscutível de que sem investimentos estatais pesados em infraestrutura
a economia não decola, o emprego não cresce, o consumo permanece decadente e a
estagnação reina.
Nenhum
país do mundo atesta a eficiência da fórmula ultra liberal, tendo como carro
chefe o ajuste das contas públicas.
Os
próprios EUA, Meca do bolsonarismo, navega na economia ostentando dívida
pública trilionária.
Aqui,
a economia não sai do canto e, concomitantemente, se deteriora precocemente a confiança
num governo que a todo instante se mostra sem eira nem beira.
Em
contraposição, uma das tarefas urgentes da oposição é exibir uma plataforma
alternativa à agenda do governo, em torno da qual possam se unir amplas correntes
políticas e sociais e se estimular a resistência popular e democrática.
[Ilustração: Wladyslaw Strzeminski]
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