Exonerado. E agora?
Luciano Siqueira
Nesses quatro anos
felizmente agora findos, o trabalho diligente e objetivo nunca foi a marca do
futuro ex-presidente da República.
E apatia,
desinteresse e lassidão integram o quadro depressivo em que mergulhou desde a
derrota eleitoral.
Porém a sua caneta
funciona numa sucessão de atos, ora visivelmente inconsequentes, ora suspeitos.
Como a exoneração do
agora ex-diretor Geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, que
marcou a sua gestão pela atitude conivente com bloqueios nas estradas no dia
das eleições no segundo turno, particularmente no Nordeste, onde sabidamente
Lula contaria, como de fato contou, com esmagadora maioria dos eleitores.
Silvinei Vasques é
réu por improbidade administrativa desde o final de novembro exatamente por
pedir votos para Bolsonaro, desrespeitando a norma legal.
Não consta que o
policial tenha rompido com o bolsonarismo ou praticado algum gesto que possa
insinuar que esteja pulando fora do barco.
Então, por que essa
exoneração agora? Por que não aguardar a sua sucessão natural com advento do
novo governo?
Nessa toca tem
coelho, como se diz aqui no Nordeste. Provavelmente após essa exoneração venha
outro ato que possa dar ao policial Silvinei algum tipo de proteção, tendo em
vista a possibilidade real de que venha a ser legalmente punido.
Nesse oceano de
acontecimentos contraditórios e até surreais que vem marcando o crepúsculo do
governo Bolsonaro, nada acontece por acaso.
Um tempo novo no Brasil: possível, mas nada está previamente garantido https://bit.ly/3Y6nLZF
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