Luciana Santos será ministra da Ciência e Tecnologia no governo
Lula
“É uma honra – um trabalho que
assumo com muito compromisso e com muita disposição”, declarou a futura
ministra Luciana Santos, que será a primeira mulher à frente da MCTI.
André Cintra, Vermelho www.vermelho.org.br
A presidenta
nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, aceitou o
convite do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e será ministra
da Ciência, Tecnologia e Inovação do futuro governo. O anúncio de sua indicação
foi feito por Lula, nesta quinta-feira (22), no Teatro do CCBB (Centro Cultural
Banco do Brasil), em Brasília (DF).
“É uma honra – um
trabalho que assumo com muito compromisso e com muita disposição”, declarou a
futura ministra, que será a primeira mulher à frente da pasta. “Depois de
quatro anos de negacionismo, a Ciência vai voltar a ser prioridade neste país”.
Nascida no Recife
(PE) em 29 de dezembro de 1965, Luciana é engenheira eletricista, formada pela
UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Iniciou a militância na década de
1980, como líder estudantil e dirigente de entidades como a UNE (União Nacional
dos Estudantes).
Filiada ao PCdoB
desde 1987, foi a primeira comunista a ser eleita prefeita no Brasil e também a
primeira presidenta nacional do PCdoB – cargo que ocupa desde 2015. Ex-deputada
estadual (1997-2000), foi prefeita de Olinda (2001-2008) e secretária estadual
de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco (2009-2010).
Como deputada
federal (2011-2018), presidiu a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura e
foi relatora da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre Trabalho
Infantil, além de ter integrado a Comissão de Ciência & Tecnologia. Em
2019, elegeu-se vice-governadora de Pernambuco na chapa com Paulo Câmara (PSB).
Desde novembro, integra o Conselho Político na Transição para o governo Lula.
À futura ministra
caberá o desafio de reerguer uma das áreas mais negligenciadas desde o golpe de
2016. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) foi alvo de um
desmonte iniciado no governo Michel Temer (2016-2018) e agravado ainda mais na
gestão Jair Bolsonaro (2019-2022).
Conforme o Grupo
Temático (GT) Ciência e Tecnologia da Transição, os recursos discricionários do
ministério despencaram de R$ 11,5 bilhões em 2010 para R$ 2,7 bilhões em 2021.
No mesmo período, a execução orçamentária do FNDCT (Fundo Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico) caiu de R$ 5,5 bilhões para apenas R$
1 bilhão. Sob o governo Bolsonaro, o MCTI também compactuou com diversas
posições negacionistas alardeadas pelo presidente da República.
Agora, com a
vitória de Lula, a pasta não apenas reassume sua vocação – mas também será um
vetor estratégico para o programa do novo governo. Lula já declarou que seu
programa de retomada do crescimento econômico e reindustrialização do País
pressupõe a valorização da Ciência e da Tecnologia.
Criado em 1985, em
meio à redemocratização do Brasil, o ministério responde pelas políticas nacionais
de pesquisa científica e tecnológica e de incentivo à inovação. Também estão
sob sua responsabilidade as áreas de biossegurança, desenvolvimento de
informática e automação, política espacial e política nuclear, além do controle
da exportação de bens e serviços sensíveis.
Para construir
essas políticas públicas, a pasta conta com quatro secretarias: Articulação e
Promoção da Ciência; Estruturas Financeiras e de Projetos; Pesquisa e Formação
Científica; e Empreendedorismo e Inovação. Cabe, ainda, ao MCTI a secretaria do
Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, que inclui representantes do Poder
Público e da comunidade científica.
O
mundo gira. Saiba mais https://bit.ly/3Ye45TD
Nenhum comentário:
Postar um comentário