03 janeiro 2008

Difíceis reformas

Do professor Carlos Calado sobre o meu artigo A economia não é tudo (veja abaixo postagens anteriores):

As reformas que você se refere são fundamentais, necessárias, determinantes para, de fato, pactuarmos uma nova ordem social, construirmos de fato uma grande nação.

No entanto, ao olhar o processo de construção da constituição de 1988, verificamos que sem a determinação do Dr. Ulysses não teria havido a sua promulgação.

O processo recente do legislativo brasileiro não nos dá sinais de lideranças forjadas na democracia. Infelizmente, as lideranças do legislativo brasileiro foram forjadas nos regimes de instabilidade ou ausência democrática. Não vamos querer pagar esse preço mais uma vez.

Permita-me dizer que não consigo enxergar o Congresso brasileiro promovendo as mudanças estruturais necessárias. Não podemos desejar que o presidente da república venha a fazê-lo, é muito arriscado mesmo com o presidente que temos. Na essência, todos adotarão a postura de defender seu espaço momentâneo de poder. Até porque, a história mostra que Juscelino foi, talvez, o que mais se aproximou de modelo de desprendimento com o uso do poder em benefício político próprio. E qual o resultado? A história está aí escrita.

Luciano, não sou pessimista, apenas não posso me iludir, senão perco a capacidade da boa e verdadeira luta.
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O comentário do estimado amigo é pertinente. E reforça a necessidade de mobilização da sociedade em favor dessas reformas. (LS).

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