O Brasil soberano
Eduardo Bomfim, no Vermelho
Neste 2° turno eleitoral
há uma radicalização das manifestações de opiniões contra Dilma Rousseff,
insufladas por uma campanha de ódio ideológico através da grande mídia
oligárquica.
Na
medida em que avança sua candidatura, aumentam leituras preconceituosas,
racistas, sobre a base social de apoio a Dilma, acerca do modelo constitucional
em pleno vigor no País.
Âncoras
da grande mídia vociferam que o Brasil transformou-se num tipo de regime
bolivariano da Venezuela.
A
resistência do povo venezuelano em sua luta contra as velhas elites predadoras
nativas, às ameaças dos EUA às suas fabulosas reservas petrolíferas tem nossa
solidariedade.
Mas as
características históricas, econômicas, políticas, sociais entre o Brasil e a
nação irmã são distintas.
O que
há mesmo no Brasil é a disputa eleitoral entre um modelo de desenvolvimento
econômico soberano com investimentos sociais e o neoliberalismo dogmático
defendido por Aécio Neves apoiado em editorial pelo The Economist, jornal do
capital rentista inglês.
Em
contraponto ao apoio do capital financeiro, grande mídia hegemônica, há o pleno
exercício da soberania popular, da luta política. Alguns indagam onde estão os
jovens manifestantes de 2013, das tempestades de ansiedades difusas, depois
instrumentalizadas pela grande mídia.
Hoje
eles estão é na campanha eleitoral em meio a apaixonados debates, elevado nível
de discussão política, na peleja sobre os rumos do País.
Dizer
que os eleitores de Dilma não têm nível superior, de baixa renda,
desinformados, é óbvio preconceito de classe. Eles se encontram em todos
extratos da sociedade. E Dilma tem sim imenso apoio nas grandes maiorias com
autoestima elevada pelos avanços sociais.
Há
grupos conservadores que anseiam por algo semelhante a uma nova fórmula digital
da República Velha, derrotada pela Revolução de 1930 que aboliu o voto
exclusivo de bico de pena, aristocrático, de alta renda, de propriedade,
assegurou o voto universal, secreto, voto feminino, com avanços garantidos na
atual Constituição brasileira.
A
eleição presidencial mostra as lutas políticas, sociais, democráticas em um
Brasil da 7a economia mundial, na emergência de dezenas de milhões de pessoas
ao pleno exercício da cidadania, o direito legítimo de decidir sobre seu
futuro, o projeto político do País.
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