Fator novo na cena política
Luciano
Siqueira, no Blog da Folha
Sob qualquer
ângulo que se o examine, a realização da Conferência Nacional em Defesa da
Democracia e por uma Nova Política Econômica, sábado último, em Belo Horizonte,
se constitui em um fato promissor na cena política brasileira.
Um
acontecimento significativo, pelo seu conteúdo - traduzido no Manifesto
divulgado ao final - e pelo largo e heterogêneo espectro político e social
reunido, à semelhança da ampla frente constituída na campanha das Diretas Já,
em 1984.
Dos movimentos
sociais, estiveram na organização e na realização da Conferência sindicalistas,
trabalhadores dos movimentos sem terra, movimentos pela moradia, pastorais
sociais, igrejas, movimento negro, LGBT, a Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil (CBT) e Central Única dos Trabalhadores (CUT),
entidades do movimento estudantil, entre elas a UNE.
Também líderes
partidários situados à esquerda, de diversas regiões do país: o vice-presidente
nacional do PCdoB, Walter Sorrentino, os deputados federais Wadson Ribeiro e Jô
Moraes e a líder comunista na Câmara Federal, Jandira Feghali, o ex-ministro e
ex-presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Roberto Amaral, Tarso
Genro (PT), ex-governador do Rio Grande do Sul, os senadores Lindberg Farias
(PT) e Roberto Requião (PMDB), Luzianne Lins, deputada federal (PT-CE), além de
Nilmário Miranda, secretário de Estado de Direitos Humanos de Minas Gerais,
representando o governador Fernando Pimentel, dentre outros.
No centro do
debate, a defesa do mandato da presidenta Dilma Roussef e uma pauta relacionada
com os rumos da economia - particularmente a redução de juros, no sentido
destravar os investimentos produtivos.
Num instante
em que se faz duro ajuste fiscal para equilibrar as contas públicas, a taxação
das grandes fortunas impõe-se como
medida necessária e justa.
medida necessária e justa.
Outra bandeira
levantada com força na Conferência: a extinção do financiamento empresarial de
campanhas eleitorais, como instrumento eficaz de combate à corrupção
institucional.
No conjunto, a
pauta da Frente Brasil Popular se mostra avançada.
Imediatamente
factível? Certamente não, a correlação de forças adversa a obstaculiza. Porém
ocupa um espaço na cena política e se converte, a Frente, em fator dinâmico
avançado em meio aos muitos movimentos no sentido da concertação de um pacto
nacional pela superação da crise e pela retomada do crescimento.
Agora, a
Frente Brasil Popular há que se concretizar em cada estado e, em âmbito local,
a partir das capitais e cidades grandes e médias.
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