Mais uma obra arrojada de Ronaldo Correia de Brito.
Pode parecer
cruel tachar o novo livro de “mais do mesmo”, mas, acredite, no caso do autor
de Faca é um elogio. Nos 12 contos, Ronaldo Correia de Brito incorpora o
estilo pelo qual foi consagrado, as reflexões existencialistas e a escrita
fluida e cinematográfica. Estão ali presentes as reminiscência do cotidiano
“laboratório” inspirador da carreira literária, a prática da medicina, de onde
surgem “histórias escutadas e transformadas”, como ele faz questão de frisar.
Diferente do derradeiro livro de contos, cujas 22 narrativas são baseadas em
imagens (do cinema, teatro, fotografia, pinturas e até tatuagens) e, portanto,
compõem atmosfera facilmente identificável, nesta nova obra o pernambucano (a
despeito de ter nascido no Ceará) pintou o texto com cores mais sombrias,
conforme o próprio título antecipa.
“Há uma unidade nos 12 contos, sem dúvida, que é a sombra. O primeiro deles é uma declaração de amor às sombras. Neste e nos textos seguintes, tento enxergar o que não é aparente, superficial, o que está mais fundo. Quis vasculhar o que está enterrado. É um livro sem conflitos, em que tento ‘acariciar’ essas sombras”. Sobre essa diferença aparentemente sutil entre os livros, Ronaldo relembra comentário emblemático feito a ele pelo contista sergipano Antônio Carlos Viana (disse gostar muito de Faca e Livro dos homens justamente por possuírem atmosfera única, enquanto Retratos imorais tem “muitas atmosfera”). Em defesa das narrativas de fôlego mais curto, o contista rebate: “Não acho que as pessoas devem ligar para essa coisa de atmosfera. Esse novo livro, por exemplo, lida novamente com universos carregados com a mesma intensidade dos anteriores”.
“Há uma unidade nos 12 contos, sem dúvida, que é a sombra. O primeiro deles é uma declaração de amor às sombras. Neste e nos textos seguintes, tento enxergar o que não é aparente, superficial, o que está mais fundo. Quis vasculhar o que está enterrado. É um livro sem conflitos, em que tento ‘acariciar’ essas sombras”. Sobre essa diferença aparentemente sutil entre os livros, Ronaldo relembra comentário emblemático feito a ele pelo contista sergipano Antônio Carlos Viana (disse gostar muito de Faca e Livro dos homens justamente por possuírem atmosfera única, enquanto Retratos imorais tem “muitas atmosfera”). Em defesa das narrativas de fôlego mais curto, o contista rebate: “Não acho que as pessoas devem ligar para essa coisa de atmosfera. Esse novo livro, por exemplo, lida novamente com universos carregados com a mesma intensidade dos anteriores”.
Fonte:
Diário de Pernambuco
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