Eduardo
Bomfim, no Vermelho
Diante da profunda crise das instituições da República, a debacle do
farsesco, interino, governo Michel Temer, da ofensiva neoliberal contra o País
promovida pelo capital financeiro global e seus prepostos nativos, há que se
perseguir os caminhos de superação da atual, dramática realidade em que se
encontra o Brasil, através da luta política concreta.
Esse caminho terá rumo
consequente através do combate intenso em defesa de um Projeto Nacional de
Desenvolvimento Estratégico que promova a luta contra o retrocesso golpista em
curso, na reafirmação do contínuo Histórico do País, da sociedade,
interrompido, como em outras épocas, pela ação das forças nativas retrógradas,
antidemocráticas, entreguistas, associadas à banca rentista, aos objetivos
imperiais.
Com tal ideário é possível
compor amplo leque de alianças sociais, políticas, que possibilite aglutinar
setores dispersos, fragmentados por um movimento golpista cuja intensidade e
complexidade ainda não foi suficientemente compreendido pela grande maioria do
povo brasileiro.
Esse golpe é na verdade uma
sofisticada, agressiva ação autoritária, antidemocrática, que fere gravemente
os interesses nacionais, jogando-se com ferocidade sobre as garantias sociais
arduamente conquistadas ao longo de décadas, e com ambição de desmantelar as
estruturas produtivas brasileiras, públicas, mistas, privadas.
O que se busca é o
desmantelamento do Estado, construído com avanços e recuos, especialmente de
1930 aos dias atuais. Uma sanha predadora que tem como artífice mor o capital
financeiro.
E conta com o apoio decisivo da
grande mídia no intuito de desestabilizar profundamente a vida democrática,
consolidar o golpe contra a presidente da República, semear a cizânia, incitar
o ódio, articular um campo social retrógrado em setores médios.
Bem ao estilo da cartilha dos
“golpes suaves” já encetados em várias partes do mundo onde a primazia da banca
internacional, os objetivos geopolíticos dos EUA se impõem.
Voluntarismo, exclusivismo,
hegemonismo não irão responder aos reclamos das grandes maiorias sociais, aos
propósitos imediatos ou futuros da nação. Há que se constituir no curso da luta
política objetiva, diária, os rumos de uma ampla frente democrática,
patriótica. Em defesa do povo brasileiro, da nação, sob graves ameaças.
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