Jornal GGN
Mendonça Filho (DEM) decidiu usar a estrutura do Ministério da
Educação para ajudar Michel Temer (PMDB) a coibir as ocupações que se alastram
por centenas de escolas em todo o País contra a reforma do ensino médio e a PEC
241, que congela os investimentos em saúde e educação, entre outras áreas,
pelos próximos 20 anos.
Na
quarta (19), o MEC enviou à direção das escolas um comunicando exigindo um
feedback sobre a situação de cada unidade e, "se for o caso", uma
lista com os alunos resistem em encerrar as ocupações.
A
Frente Brasil Popular divulgou o documento e classificou o ato como perseguição
aos estudantes. "O pedido é frontalmente contra a liberdade de
manifestação, uma vez que pode resultar em sanções aos ocupantes."
Ontem,
Mendonça Filho também disse à imprensa que vai mandar cancelar o ENEM nas
escolas que estiverem ocupadas. Além disso, prometeu estudar medidas judiciais
para cobrar dos manifestantes o ressarcimento da taxa de 90 reais que foi
cobrada dos alunos que podem ser "prejudicados" pelo cancelamento do
exame.
O
ministro também classificou as ocupações como "invasões" que atentam
contra a democracia e o direito e ir e vir de estudantes que não querem
participar dos atos.
Segundo
a União dos Secundaristas, mais de 800 escolas já estão ocupadas em todo o
País, sendo que a maioria encontra-se no Paraná, estado governado por Beto
Richa (PSDB).
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