Quando
desconstruir o adversário não dá certo
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Falo disso em meu canal no YouTube. E comento agora com vocês, pacientes e generosos leitores aqui no Blog de Jamildo.
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Falo disso em meu canal no YouTube. E comento agora com vocês, pacientes e generosos leitores aqui no Blog de Jamildo.
O fenômeno se repete em campanhas eleitorais ao longo dos
anos. Candidatos em dificuldade, ansiosos pelo mau desempenho nas pesquisas,
optam por "desconstruir" concorrentes e adversários.
Isso na expectativa de deter o crescimento dos outros e
atrair intenções de voto para si.
Mas frequentemente dá errado.
Aqui mesmo nessa na de Nassau, o embate eleitoral de 2000,
nesse sentido, é emblemático.
A campanha de Carlos Wilson, então candidato pelo PTB, fez
uma investida corrosiva sobre a imagem de Roberto Magalhães, do PFL, prefeito
candidato à reeleição, usando a figura humorística do Mané Chinês.
Mas os votos perdidos por Magalhães — vimos isso nas
pesquisas qualitativas e quantitativas — não migraram para o pefelista, e sim
para João Paulo, do PT.
A resposta da campanha de Roberto Magalhães foi destruidora,
acusando, inclusive, Carlos Wilson de não haver pago uma campanha anterior, que
disputara pelo PSDB, à empresa de propaganda contratada.
Mais uma vez, votos subtraídos ao adversário não migraram
para o acusador, também foram drenados para João Paulo, cuja campanha não
agredia a ninguém.
Agora, na atual disputa presidencial, o todo poderoso Geraldo
Alckmin, que detém a alianca partidária mais ampla, maior tempo de TV e mais
recursos financeiros, além do beneplácito do complexo midiático, escolhido que
foi pelo sistema financeiro, definha nas pesquisas.
Como reage o ex-governador paulista? Tentando
"desconstruir" seu concorrente à direita, o capital Bolsonaro, e o PT
de Fernando Haddad.
Até o momento o resultado tem sido muito negativo.
Na peleja para o governo do estado, aqui entre nós, nos
últimos dias a campanha do candidato Armando Monteiro, do PTB, em aliança com lideranças
da base do governo Temer, eleva o tom agressivo contra Paulo Câmara, da Frente
Popular.
A tentativa de desconstrução do adversário, nesse caso, da
ênfase a uma suposta mudança de posição política do governador por interesses
eleitorais. Argumento que efetivamente não cola.
Como questão de fundo, na verdade, me parece, há uma tremenda
subestimação da capacidade de discernimento do eleitor.
Denúncias de última hora nunca encontram aderência, anêmicas
por si mesmas de credibilidade; e o povo não gosta de quem agride, termina
majoritariamente optando por candidatos que fincam sua pregação em propostas e
atitudes positivas.
Acesse o canal ‘Luciano Siqueira opina’, no YouTube https://bit.ly/2ssRlvd
Leia mais sobre temas da atualidade: https://bit.ly/2Jl5xwF
Nenhum comentário:
Postar um comentário