A
crise
Eduardo Bomfim, no portal Vermelho
As informações demonstram que
a economia global pode estar se aproximando de um novo e mais elevado estágio
da crise financeira mundial.
Os setores dinâmicos da produção,
como a indústria, continuam em forte processo de estagnação, enquanto os ativos
monetários estão sendo usados para socorrer os bancos, especialmente aqueles na
área de “investimentos”, o que vale dizer para aplicações financeiras de curto
prazo, do capital rentista.
O Brasil, assim como a América
Latina, vem sendo conduzido a um novo estágio de subalternidade em sua dinâmica
econômica, a partir de uma orientação política para esse fim que é, em última
instância, quem na verdade dá os rumos ao processo econômico em qualquer País
do mundo.
Enquanto em meio a essa crise
global assistimos, desde 2008, novos jogos de guerra com invasões armadas,
especialmente pelos Estados Unidos, cujos objetivos mais evidentes são a
disputa por matérias primas, destacadamente o petróleo, a ocupação de espaços
geopolíticos, há uma uma nova reconfiguração internacional rumo à
multipolaridade que caminha a passos mais rápidos que se imaginava há alguns
anos atrás.
Mesmo com os incentivos ao
complexo industrial militar durante as últimas administrações da Casa Branca,
de Clinton à família Bush, passando ao governo Obama, a economia dos Estados
Unidos continua em situação catastrófica apesar dos intensos esforços dos
comentaristas econômicos da grande mídia associada ao capital financeiro.
Mas o fato é que torna-se óbvio o
enfraquecimento da economia dos EUA na medida que seu déficit na balança
comercial atinge, desde 2000, 8,6 trilhões de dólares, sendo que o total chega
a 10,5 trilhões de dólares.
Não há como entender as últimas
eleições presidenciais norte-americanas, abstraindo a decadência industrial, o
desemprego em massa, casas hipotecadas, a desesperança do cidadão comum dos
EUA.
Ao tempo em que a Europa patina
num caos político imprevisível, o Brasil atravessa grave crise multilateral com
a hegemonia das políticas neoliberais do Mercado no País.
É um cenário assemelhado à crise
capitalista de 1929, a ascensão nazifascista, a carnificina da 2a Guerra
Mundial. Assim, para nós brasileiros é fundamental a retomada da economia
produtiva, a defesa intransigente da paz, das liberdades democráticas e da
soberania nacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário