A tentativa de assassinato de Cristina Kirchner
O
presidente Alberto Fernández falou em rede nacional que considerou o atentado
como ‘um dos eventos mais graves desde que recuperamos a democracia’
Lourdes Nassif, Jornal GGN
Um homem se aproxima de Cristina Kirchner e, a
poucos centímetros de seu rosto, aponta uma pistola calibre 38. Poderia ter
dado um ou dois tiros, mas a arma falhou. A tentativa de assassinato chocou a
Argentina e ocorreu em frente à casa de Cristina Kirchner, com ela cercada de
simpatizantes.
O presidente Alberto Fernández falou em rede
nacional que considerou o atentado como ‘um dos eventos mais graves desde que
recuperamos a democracia’ e decretou feriado nacional para esta sexta-feira. Os
jogos de futebol argentinos também foram suspensos.
O agressor, Fernando Sabag Montiel, foi detido
depois de tentar fugir e a pistola, que era adequada para disparar cinco tiros,
foi encontrada a poucos metros. O que se aventa é que o agressor tenha ficado
nervoso e, tremendo, puxou mal o ferrolho para trás, com isso a bala não entrou
na câmara e isso salvou a vida de Cristina Kirchner. A investigação deve
determinar o que motivou o ataque.
Sabag Montiel vive na Argentina desde 1993. Sua mãe
é argentina. Um canal de tv a cabou mostrou imagens do agressor discursando
contra os planos sociais do governo e, além disso, em seu braço parece ter uma
tatuagem que pode ser neonazista. Em seu histórico consta, ainda, violência de
gênero e contra animais de estimação.
Várias hipóteses estão sendo levantadas, inclusive
a de que pode ter sido pago para cometer o crime contra Cristina Kirchner.
Em 2021, Montiel foi preso por posse de arma
imprópria (uma faca grande). Ele ainda tem queixas de violência de gênero, três
acusações de maus-tratos a animais e registra dois ou três endereços que parecem
falsos, um deles em La Paternal.
A investigação está nas mãos da juíza federal Maria
Eugenia Capuchetti e do promotor Carlos Rivolo e seu substituto Eduardo Taiano.
A magistrada terá que reconstruir todo o histórico, analisar os celulares, os
endereços e a existência ou não de antecedentes criminais do sujeito no Brasil
ou em outro país.
A princípio, os pesquisadores consideram mais
provável que seja o caso de um indivíduo influenciado pelo discurso de ódio
político. Seus níveis de violência são notados nas denúncias que tem, contra a
companheira e contra os animais de estimação. Mas é preciso esperar o
desenvolvimento da investigação para saber o que realmente aconteceu. (Com
informações do Página 12.)
Janelas abertas para o mundo https://bit.ly/3n47CDe
Nenhum comentário:
Postar um comentário