Segunda-feira quase
no limbo
Luciano Siqueira
Desde menino, quando
o meu pai nos levava para o corso no carnaval em Natal, sempre me intrigou a
segunda-feira depois do domingo e antes da terça. Um dia de festa imprensado.
Sempre se enalteceu o
sábado de Zé Pereira.
E o domingo dos
grandes desfiles e dos principais bailes nos clubes da cidade.
A terça-feira,
coladinha com a quarta-feira ingrata, de cinzas, aos meus olhos de menino
parecia o auge da festa.
Mas da segunda-feira
ninguém falava, no limbo.
Parece seguir sem
tanta importância neste atribulado século 21.
Procurei no Google
alguma canção, frevo, samba ou marchinha que enaltecesse a segunda-feira.
Não tem.
Tem da quarta-feira o
frevo- canção de Luiz Bandeira:
"É de fazer chorar/Quando o dia amanhece/E obriga o frevo acabar/Oh quarta-feira ingrata/Chega tão depressa só pra contrariar..."
Que a alegria do povo enalteça os quatro dias sem distinção.
É carnaval, gente!
Mas há sempre uma quarta-feira de cinzas https://bit.ly/3Ye45TD
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