Em 1616, Galileu Galilei recebe sua sentença da Inquisição
Enio Lins/www.eniolins.com.br
26 de
fevereiro de 1616 – Galileu Galilei é formalmente comunicado de sua condenação
pela Santa Inquisição por defender e divulgar a ideia de que a terra gira em
torno do sol e não o contrário.
Dois dias antes, 24, os inquisidores haviam concluído suas considerações
sobre o processo e julgado Galileu como herege pois “a proposição de que o Sol
está parado no centro do universo é tola e absurda na filosofia e formalmente
herética, pois contradiz explicitamente em muitos lugares o sentido da Sagrada
Escritura".
No dia 25, a posição dos cardeais inquisidores foi apresentada ao papa Paulo V,
que decidiu dar uma chance ao cientista, enviando o resultado do julgamento com
a ordem papal para que Galileu abandonasse totalmente a defesa das teses
heliocêntricas sob pena de castigos mais duros (a fogueira sempre estava pronta
para ser acesa).
Galileu Galilei recebeu o veredito da Inquisição e atendeu a ordem do papa.
Reza a lenda que ao repudiar, frente aos inquisidores, as teses copérnicas,
teria murmurado, em latim: “eppur si muove” (e, no entanto, ela se move).
Entretanto, o livro de Galileu – “Diálogo sobre os dois principais sistemas do
mundo” – contendo suas pesquisas inovadoras (ele criou e foi pioneiro no uso do
telescópio) foi publicado clandestinamente em várias partes da Europa,
orientando novas observações astronômicas.
Até morrer, em 1642, o cientista passou por vigilância e pressões da Igreja
Católica, penando inclusive prisão domiciliar. Apenas a partir de 1822 Roma
permitiu a divulgação das teses científicas sobre os movimentos da terra e dos
demais planetas. E só em 1835, o livro de Galileu sobre esse tema foi liberado
para publicação. Em 1992, finalmente, a Santa Sé reconheceu que aconteceu “uma
trágica incompreensão”, e absolveu o cientista, mas ainda assim afirmando que
ele teria incompreendido a Igreja.
Velhos fatos se revivem sempre com um dado
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