27 fevereiro 2023

Pedro Caldas opina

No futebol dinheiro não é tudo

Pedro Caldas*
 

Li aqui no blog bit.ly/3xZxHYM um excelente texto de Tostão, comentarista de futebol da Folha de S. Paulo, sobre a complexidade do futebol, mais exatamente sobre o gigante Manchester City. Em resumo, citava que mesmo com a enorme capacidade financeira e com a contratação do craque Haaland, o clube inglês estava tendo resultados abaixo do esperado.

O cenário do City se repete nesse início de temporada com alguns clubes no Brasil. Desde a criação da lei das Sociedades Anônimas do Futebol (um formato onde clubes podem ser comprados, deixando de ser associações sociais e passando a ser empresas), apareceram no país diversos grupos de investidores com apetite para reestruturar clubes e lucrar com o futebol brasileiro.

Mas, como a maioria das atividades humanas, o futebol não é uma ciência exata. Sobretudo no nosso país, onde o esporte envolve tradições centenárias e torcedores ansiosos. Mesmo com altos investimentos, Botafogo e Bahia (que coincidentemente é propriedade do mesmo grupo do Manchester City) patinam no início de temporada. Torcedores e comentaristas apontam que os clubes até investiram alto nos reforços, mas que contrataram errado.

Sempre apontei que as SAFs eram uma medida interessante, mas que não salvaria o futebol brasileiro. Não há soluções simples para problemas complexos, muito menos um caminho sem altos e baixos para uma mudança tão profunda na maneira de gerir o futebol. A crise que atinge esses clubes, assim como a do Manchester, citada por Tostão, devem passar, mas esse momento é didático para mostrar que nem só dinheiro faz o futebol.

*Profissional multimídia, torcedor do Santa Cruz do Recife
Informar-se e formar opinião própria, eis o desafio https://bit.ly/3Ye45TD

Um comentário:

Anônimo disse...

Poderia acrescentar ao texto o exemplo do bragantino que foi comprado pela Redbull e que achava que ia bombar. Mas é só um time médio da primeira divisão.