No futebol dinheiro não é tudo
Pedro Caldas*
Li aqui no blog bit.ly/3xZxHYM um excelente texto de Tostão, comentarista de futebol da Folha de
S. Paulo, sobre a complexidade do futebol, mais exatamente sobre o gigante
Manchester City. Em resumo, citava que mesmo com a enorme capacidade financeira
e com a contratação do craque Haaland, o clube inglês estava tendo resultados
abaixo do esperado.
O cenário do City se repete nesse início de temporada com alguns clubes no Brasil. Desde a criação da lei das Sociedades Anônimas do Futebol (um formato onde clubes podem ser comprados, deixando de ser associações sociais e passando a ser empresas), apareceram no país diversos grupos de investidores com apetite para reestruturar clubes e lucrar com o futebol brasileiro.
Mas, como a maioria das atividades humanas, o futebol não é uma ciência exata. Sobretudo no nosso país, onde o esporte envolve tradições centenárias e torcedores ansiosos. Mesmo com altos investimentos, Botafogo e Bahia (que coincidentemente é propriedade do mesmo grupo do Manchester City) patinam no início de temporada. Torcedores e comentaristas apontam que os clubes até investiram alto nos reforços, mas que contrataram errado.
Sempre apontei que as SAFs eram uma medida interessante, mas que não salvaria o futebol brasileiro. Não há soluções simples para problemas complexos, muito menos um caminho sem altos e baixos para uma mudança tão profunda na maneira de gerir o futebol. A crise que atinge esses clubes, assim como a do Manchester, citada por Tostão, devem passar, mas esse momento é didático para mostrar que nem só dinheiro faz o futebol.
Um comentário:
Poderia acrescentar ao texto o exemplo do bragantino que foi comprado pela Redbull e que achava que ia bombar. Mas é só um time médio da primeira divisão.
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