Haroldo Lima, no Blog do Renato
Jandira Feghali, a nossa grande
camarada deputada federal pelo Rio de Janeiro, e hoje apontada na coluna de
Lauro Jardim, de O Globo, como tendo recebido recursos para sua campanha
eleitoral captados por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.
A atuação
destacada de Jandira Feghali a tem projeto como grande liderança e incomodado a
direita brasileira
Naturalmente
que a notícia visa desprestigiar uma parlamentar que o próprio a colunista
chama “um dos ícones da esquerda na Câmara”. Para a direita brasileira é um
problema ver Jandira se projetar, como está, no cenário político nacional. Daí
esse esforço por atingi-la. Mas o esforço foi em vão.
Por conta da
legislação eleitoral em vigor no pais, não existe financiamento público das
campanhas eleitorais. O que é legal, oficial, é o financiamento privado. Até a
última eleição, havia o financiamento empresarial, devidamente legalizado.
Nós da
esquerda nos batemos pelo fim desse financiamento empresarial, especialmente
depois das denúncias que ocorreram por ocasião do episódio que ficou conhecido
como “Mensalão”. A direita, mesmo assim resistiu. Só bem recentemente o Supremo
Tribunal Federal (STF) regulamentou esse tema, proibindo recursos empresariais
nas campanhas.
Significa que,
até hoje, nunca houve no Brasil uma campanha eleitoral sem dinheiro das
empresas. Por isso que os ricos, que são os donos das empresas e tem acesso
mais fácil aos recursos financeiro, elegem mais representantes que os pobres,
os negros, as mulheres.
Essas
contribuições, para ficarem legais, devem ser contabilizadas e apresentadas à
Justiça eleitoral. O que o Globo agora publica sobre Jandira é simplesmente que
ela procedeu de acordo com a lei. Fala que Jandira “conseguiu uma ajudazinha da
Queiroz Galvão” o que, se foi verdade, foi absolutamente natural e legal. Com
toda certeza, “ajudazinha” foi para Jandira, por ser de esquerda e comunista.
As empresas davam eram ajudas grandes para seus candidatos, de direita.
No contexto
atual, a direita se vê desmoralizada, envolvida em inúmeras denúncias, além de
denunciada como golpista. Por isso, quer lançar suspeitas em nosso meio, nos
colocar como iguais a ela, como se todos os políticos fossem farinha do mesmo
saco. Não somos.
Lutamos denodadamente para afastar da direção de nosso pais os golpistas, os corruptos, os fascistas e os entreguistas. E Jandira, há décadas, está na linha de frente dessa batalha.
Lutamos denodadamente para afastar da direção de nosso pais os golpistas, os corruptos, os fascistas e os entreguistas. E Jandira, há décadas, está na linha de frente dessa batalha.
Haroldo Lima é
engenheiro, foi deputado federal pela Bahia e Presidente da Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. É membro do Comitê Central do PCdoB.
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