31 de março – a democracia novamente sob ameaça
Portal Vermelho
No transcurso dos 56 anos do golpe militar de 1964, a democracia está em risco. O processo de ataque às
instituições começou com a Operação Lava Jato, criada sob a alegação de
combater a corrupção, que se partidarizou e afrontou permanentemente o Estado
Democrático de Direito, adotando práticas típicas de Estado de exceção.
Associada, à época, à grande mídia,
ela empreendeu uma prolongada campanha para criminalizar os partidos políticos,
em especial a esquerda. Essa escalada culminou com o golpe jurídico-parlamentar
midiático que, com o impeachment fraudulento, retirou o mandato da presidenta
Dilma Rousseff, legitimamente eleita.
Esse
golpe, somado à campanha que criminalizou a esquerda e desmoralizou o sistema
político como um todo, abriu caminho para que a extrema direita assumisse o
governo pela primeira vez desde a redemocratização.
Desde a posse de Bolsonaro, as
instituições e Poderes da República têm sido permanentemente atacados pelo
presidente e seu clã. O Congresso Nacional, expressão do Poder Legislativo, e o
Supremo Tribunal Federal (STF) – a quem cabe papel de ser guardião da democracia
– também sofrem ataques.
Nesse
um ano e três meses de governo, Bolsonaro tem utilizado o método de ir testando
os limites da resistência democrática, atacando sempre as instituições e
recuando após ser rechaçado para logo em seguida desferir outro ataque. Mesmo
na atual situação, de pandemia do coronavírus, quando está em risco a saúde a
vida dos brasileiros, ele segue com o seu intento de criar as condições para
uma ruptura com o regime democrático.
Nesse
sentido, chama a atenção a “Ordem do dia alusiva ao 31 de março de 1964” dos
comandantes militares, que nega os fatos hoje já consensuado pela imensa
maioria dos historiadores do pais, pelas instituições e os Poderes da
República, e mesmo por veículos da grande imprensa que fizeram autocrítica sobre
suas posições durante o regime militar.
Ao contrário do que dizem os
comandantes militares, o regime instaurado com o golpe de 1964 foi
substantivamente antidemocrático. Ele ceifou a democracia, liquidou as
liberdades, baniu o sufrágio universal, amordaçou a imprensa e o parlamento, e
instituiu a tortura e o assassinato como prática de Estado para calar a
oposição.
Nesse
momento, vai emergindo, face ao desastre do governo Bolsonaro em relação ao
momento crítico do país e ao seu autoritarismo, uma ampla convergência de
forças políticas, sociais, econômicas e culturais que, a um só tempo, se
levantam para salvaguardar a democracia e defender a vida, a saúde, o emprego,
a renda e economia nacional. Uma frente de salvação nacional.
Se
inscreva. Fique sabendo. Entenda. Opine http://abre.ai/aS0G
Nenhum comentário:
Postar um comentário