Juros altos asfixiam as pequenas indústrias
Taxa de juros elevada e
exigência de garantias excessivas são obstáculos para o financiamento, segundo
a CNI
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Micro e pequenas
empresas industriais brasileiras afirmam que as dificuldades de acesso ao
crédito – acentuadas pelos juros estratosféricos – são o principal entrave para
manter e investir em seus negócios.
O Panorama da
Pequena Indústria (PPI), pesquisa realizada trimestralmente pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI), mostra que a insatisfação com os juros cresceu no
último trimestre de 2022. Isso se refletiu nos indicadores de atividade das
indústrias de construção, transformação e extrativa – que recuou em desempenho,
situação financeira, confiança e perspectiva.
“O cenário do
mercado de crédito é desafiador, por conta, principalmente, do elevado nível da
taxa de juros. Levando isso em consideração, é ainda mais importante que as
micro e pequenas empresas busquem orientação adequada no momento de busca por
financiamento ou empréstimo”, afirma o gerente de Política Econômica
da CNI, Fábio Guerra. Para entidade, o acesso ao crédito é fundamental
para o desempenho das pequenas e médias empresas, seja para reestruturação
ou para a expansão dos negócios.
Os juros para
empréstimos e investimentos usam como referência a Selic, a taxa básica de
juros da economia estipulada pelo Banco Central (BC), atualmente em 13,75% ao
ano, após sucessivos aumentos promovidos durante o governo de Jair Bolsonaro.
Além das condições de juros que fazem com que os investimentos sejam inviáveis,
as empresas de menor porte ainda enfrentam a resistência dos bancos para a
concessão de crédito.
Além dos juros, os
empresários consideram graves entraves para seus negócios a falta e alto custo
da matéria-prima, a demanda interna insuficiente, a competição desleal e
dificuldades com logística de transporte.
O Índice de
Desempenho das pequenas e médias industrias fechou o quarto
trimestre de 2022 com 44,3 pontos, uma redução de 3,1 pontos percentuais
em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o Índice de Situação
Financeira fechou o ano com 43 pontos.
Fincar os pés na realidade
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