Soberania e desenvolvimento
Eduardo
Bomfim, no portal Vermelho
A
declaração final da 7a reunião de cúpula do Brics em Ufá na Rússia, realizada
nos dias 8 e 9 de julho, indica avanços substantivos em vários aspectos, tanto
nos campos financeiro, comercial, de cooperação científica, tecnológica como
geopolítico.
A verdade é que esses passos,
que estão sendo dados paulatinamente, sistematicamente, persistentemente, são
confrontados por tenaz resistência de forças internas, externas, contrárias ao
protagonismo solidário da nação no cenário internacional, ao tempo em que
deparam-se com um quadro de profunda crise estrutural capitalista global.
Um dos principais desafios do
País, senão o central na atual quadra, é encontrar os rumos da retomada do
crescimento econômico com base em fundamentos de incorporação de produtos
manufaturados com tecnologia de ponta avançada agregada o que implica na
superação do atual processo de desindustrialização pelo qual passamos.
Por trás do turbilhão de
tempestades múltiplas, sempre pautadas pela mídia oligárquica, que envolvem
tentativas de convulsões institucionais antidemocráticas, gerenciadas por
motivações internas, externas, há a resistência de setores motivados por
interesses subalternos a uma ótica da dependência econômica, financeira e
política do Brasil na arena mundial.
Trata-se de um confronto de
natureza histórica sobre quais os rumos que a nação deve trilhar em seu
processo interno, de progresso, superação de abismos sociais tremendos, vários
deles seculares, na capacidade de superação das suas metas de desenvolvimento
como um País industrializado sustentado na própria competência inovadora.
É um forte combate na luta de
ideias nos campos político, antropológico, filosófico com desdobramentos
econômicos que data de longo curso, envolvendo, principalmente, todo o século
20.
Que esteve presente em várias
fases turbulentas da nossa vida política, cujo marco histórico pode ser medido
pela revolução de 1930 e daí em diante em numerosas etapas de confrontos que se
estendem até os dias atuais em que se avulta numa luta titânica.
Enfim, de um lado forças
minoritárias mas poderosas associadas a interesses financeiros, geopolíticos
internacionais, de outro lado a grande maioria da sociedade nacional que aspira
por uma nação soberana, solidária, democrática e desenvolvida.
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