Dois pesos e medidas distorcidas
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/ne10
Não é fácil separar o joio e o trigo em meio ao bombardeio de denuncias e acusações de prática de ilicitudes por parte de detentores de cargos públicos. A abordagem marcadamente política do Judiciário e da Polícia Federal - de sentido oposicionista - distorce informações, confunde propositadamente.
Só por aí se explicam os intermináveis vazamentos "seletivos" da Operação Lava Jato. E, numa das "provas" contra o empresário Marcelo Odebrecht - referências contidas em texto digitado - tenham sido encobertos o nome do senador José Serra, do PSDB e da revista Veja - conforme denúncia do jornalista Luis Nassif, no Jornal GGN.
Nessa mesma linha, o silêncio da grande mídia acerca dos processos que tramitam contra o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, todos referentes a irregularidades supostamente cometidas por ele no exército de funções públicas, desde quando, indicado pelo finado PC Farias, dirigiu uma empresa estadual no Rio de Janeiro.
É certo que todos os que tenham cometido atos de
corrupção devam ser investigados, processos e punidos de acordo com a Lei. Mais
ainda, importa cortar pela raiz o financiamento empresarial privado de
campanhas, que a ridícula reforma política ora em andamento não inclui.
Declarações de delatores da Operação Lava Jato acusando
políticos ligados, direta ou indiretamente ao governo, são de imediato alçadas
ao status de verdade absoluta e os acusados pré-julgados sem direito a defesa.
A acusação de que o deputado Eduardo Cunha teria recebido 5 milhões de dólares de propina ocupou manchetes no noticiário, porém com visível tratamento benevolente.
Fosse Eduardo Cunha alinhado do governo, a grande mídia e os partidos de oposição já estariam em campanha aberta pela sua renúncia. Por muito pouco – um mísero contrato de concessão da Câmara dos Deputados – o pernambucano Severino Cavalcanti foi obrigado a renunciar à presidência da Casa.
É jogo político pesado. Por isso, no trato dos fatos usam-se sempre dois pesos e medidas distorcidas.
A acusação de que o deputado Eduardo Cunha teria recebido 5 milhões de dólares de propina ocupou manchetes no noticiário, porém com visível tratamento benevolente.
Fosse Eduardo Cunha alinhado do governo, a grande mídia e os partidos de oposição já estariam em campanha aberta pela sua renúncia. Por muito pouco – um mísero contrato de concessão da Câmara dos Deputados – o pernambucano Severino Cavalcanti foi obrigado a renunciar à presidência da Casa.
É jogo político pesado. Por isso, no trato dos fatos usam-se sempre dois pesos e medidas distorcidas.
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