Luzes vivas da noite
Ciência Hoje
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Os campos
cerrados, as matas e os coqueirais brasileiros, quando visitados nas noites de
lua nova, cálidas e úmidas, oferecem um espetáculo fascinante e grandiloquente:
luzes brilhantes e coloridas despontam na escuridão. Leia o artigo de capa da
CH de outubro sobre a bioluminescência terrestre.
Nuvens de
pontos luminosos que rasgam o ar, manchas brilhantes que se assentam sobre
troncos de árvores apodrecidos, lanternas caminhantes no solo ou polvilhando a
superfície de cupinzeiros. Um olhar mais apurado sobre essa curiosa paisagem
logo irá perceber que se trata de seres vivos com um dom especial: emitir luz.
E, curiosamente, luz fria. Se tocados, esses seres não queimarão os dedos do
observador curioso.
A lista dessas
espécies inclui vaga-lumes e pirilampos, em pleno voo e corte nupcial, bem como
cogumelos (fungos), atraindo insetos dispersores de células reprodutoras
(esporos).
O brilho
intenso dessas criaturas e a variedade de cores já atraíram a atenção de
filósofos da Antiguidade, como Aristóteles (384-322 a.C.), que cita cogumelos
bioluminescentes no Livro II da obra De
Anima: “[...] algumas coisas não têm a natureza de fogo, nem alguma
espécie de fogo; no entanto, produzem luz”. No Brasil, inspiraram escritores e
poetas.
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